Mariza nomeada para um Grammy

Agência Lusa / SOL
http://sol.sapo.pt, 31 de Agosto de 2007



O álbum 'Concerto em Lisboa', de Mariza, foi nomeado para um Grammy, na secção Tradicional, Categoria Best Folk Álbum – Melhor Álbum de Música Folclórica.

O álbum regista o espectáculo dado pela fadista há dois anos no relvado da Torre de Belém em Lisboa. Disputam o Grammy na mesma categoria 'Um fuego de sangre pura', de Los gaiteros de San Jacinto from Colombia, 'Tambor de fuego', de Los muñequitos de Matanzas, e 'Esta tierra es tuya', de Sones de Mexico Ensemble.

Os vencedores desta e das restantes 48 categorias serão anunciados em cerimónia marcada para 8 de Novembro no Mandalay Bay Events Center, em Las Vegas.

Segundo Gabriel Abaroa, presidente da Academia Latina da Gravação, disse que para esta edição dos Grammy foram recebidas «mais de 5.000 gravações».

«As nomeações – acrescentou – continuam a reflectir uma comunidade vibrante e dinâmica da música latina em todo o mundo, composta de artistas, produtores, engenheiros de som, compositores e todos os elementos envolvidos no processo da gravação».
Uma das mais internacionais artistas portuguesas, com actuações em alguns dos mais cotados centros musicais, Mariza, recebeu já vários prémios nacionais e internacionais, entre os quais o de 'Melhor Artista Europeia na área de World Music', da BBC Rádio 4, e o 'Prémio Amália Rodrigues Internacional'.

Um Lugar na História

de Marta Neves
Jornal de Notícias, 30 de Agosto de 2007


"São concertos como este que me carregam as baterias e me fazem viajar e levar a cultura portuguesa a todo o mundo. Porque vocês são a verdadeira gente da minha terra". As palavras de Mariza, anteontem à noite durante o espectáculo no Pavilhão Rosa Mota, no Porto, exprimem a emoção que a fadista viveu e transmitiu desde o primeiro momento.

A troca do intimismo de um "lugar com história" como a arejada Praça da Cordoaria, e a sua substituição pelo Palácio de Cristal (havia ameaça de chuva...), não foi suficiente para comprometer a noite. Ainda assim, muitos foram aqueles que à hora do concerto aguardavam impacientes em filas intermináveis.

Naquele que foi o penúltimo espectáculo da digressão "Lugares com História", a artista foi protagonista de um encontro perfeito entre a Orquestra Sinfonietta de Lisboa e os três músicos que a rodeavam.

Num elegante vestido negro, Mariza chegou à boca de cena ao som de "Loucura". Cantava "Esta voz tão dolorida é culpa de todos vós poetas da minha vida", quando uma explosão de palmas fê-la dar passos pequenos, amedrontados de comoção. Arriscou dizer: "É indiscritível o que estou a sentir. É o primeiro concerto que dou que tem esta atitude. É a energia das gentes do Norte".

De repente, o palco que servia de cenário à fadista – que obteve, em 2003, o prémio de melhor artista da Europa, no âmbito dos Prémios para a World Music atribuídos pela BBC Radio 3 –, transformou-se na típica "taberninha da Mouraria", onde aos cinco anos "vendia copos de vinho ao balcão" e "aprendia os poemas dos fados através de bandas desenhadas" feitas pelo seu pai.

Mariza lembrou ainda "vozes que a influenciaram" – como a de Fernando Maurício e Amália Rodrigues –, para logo de seguida interpretar "Duas lágrimas de orvalho", primeiro fado que se lembra de ter ouvido cantar, servido em jeito de "homenagem ao querido Carlos do Carmo".

Em palco, Mariza é uma estrela maior. Brilha na intensidade do poema de Fernando Pessoa, "Há uma música do povo", estende-se na alegria, que puxa à dança, de "Maria Lisboa" e "Feira de Castro", e abre espaço ao arrepio da guitarra de Luís Guerreiro.

Torna-se simples perceber como a plateia do Carnegie Hall – a conceituada sala de espectáculos de Nova Iorque recebe-a novamente a 28 de Outubro (...) –, vibra com a sua voz, mesmo sem perceber a língua. Porque Mariza assume com transparência a garra do palco.

A fadista ainda oferece "Barco negro", numa versão que foge do clássico, e rodopia de braços abertos ao som de "Meu fado meu" – "Um dia ainda filmo um concerto no Porto para que todos possam ver o que é o carinho", disse a artista extasiada perante mais de três mil pessoas.

A fadista chega mais perto do público para brindar com o aguardado "Ó gente da minha terra". O público sobe às cadeiras e responde com aplausos intensos. Mariza despede-se emocionada e promete "voltar ao Porto para um concerto ao ar livre".


Concerto hoje em Óbidos

Nomeada oficialmente embaixadora do Turismo Português pelo Instituto de Turismo de Portugal, Mariza associou-se à rota do património nacional. Acompanhada pela Orquestra Sinfonietta de Lisboa, a fadista propôs-se levar a oito localidades presentes na Rota do Património Nacional, durante o mês de Agosto, o concerto que deu junto à Torre de Belém, em Lisboa, e que ficou registado em CD/DVD. Depois de Sagres, Palmela, Tomar, Évora, Guimarães, Sintra e Porto, a digressão termina hoje na Cerca do Castelo de Óbidos.

Aveiro_2

A PAZ
(Gilberto Gil / João Donato)

Mariza e Gilberto Gil no ESTÁDIO MUNICIPAL
Aveiro, Portugal / 06 Julho 2007

Aveiro_1

PRIMAVERA
(David Mourão-Ferreira / Pedro Rodrigues)

Mariza no ESTÁDIO MUNICIPAL
Aveiro, Portugal / 06 Julho 2007

Meu Fado Meu

PAULO DE CARVALHO

Trago um Fado no meu canto,
Canto a noite até ser dia
Do meu povo trago o pranto
No meu canto a Mouraria

Tenho saudades de mim
Do meu amor mais amado
Eu canto um país sem fim
O mar, a terra, o meu Fado

Meu Fado Meu

De mim só me falto eu
Senhora da minha vida
Do sonho, digo que é meu
E dou por mim já nascida

Trago um Fado no meu canto
Na minh’alma vem guardado
Vem por dentro do meu espanto
À procura do meu Fado

Meu Fado Meu
..............................................................................................

My Own Fado

I bring a Fado into my song
I sing the night until it turns to day
I bring my people’s tears
Into my song Mouraria

I have a yearning for myself
For my most beloved of loves
I sing of a land without end
The sea, the earth, my Fado

My own Fado

About me I miss only myself
Mistress of my life
About the dream, I say it is mine
And find myself born already

I bring a Fado into my song
It comes shielded in my soul
It comes from inside my own wonder
In search of my Fado

My own Fado
..............................................................................................

Mon Fado

Dans mon chant un Fado
Je chante la nuit jusqu’au matin
De mon peuple le chagrin
Dans mon refrain la Mouraria

Je me languis de moi
De mon amour le plus chéri
Je chante un pays infini
La mer, la terre, mon Fado

Mon Fado

De moi il ne manque que moi
Maîtresse de ma vie
Du rêve, je dis qu’il est mien
Alors que je suis déjà là

Dans mon chant un Fado
Dans mon âme, bien gardé
Cheminant dans mon émoi
En quête de ma destinée

Mon Fado

Desejos Vãos

FLORBELA ESPANCA

Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!

Eu queria ser o Sol, a luz intensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até da morte!

Mas o Mar também chora de tristeza…
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!

E o Sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras… essas… pisa-as toda a gente!...
..............................................................................................

Vain Desires

I would like to be the high seas

That laughs and sings their immense vastness!
I would like to be the stone that does not think
The stone in the pathway, rough and strong!

I would like to be the sun, its intense light,
Or that which is humble and has no good fortune!
I would like to be the tree, coarse and dense
That laughs at the vain world and even at death!

But the sea also weeps with sorrow….
The trees as well, as those in prayer,
Open their arms to the heavens, like a believer!

And the sun, proud and strong, at the end of a day,
Has tears of blood in its agony!
And the stones… they... are stepped on by every one!...
..............................................................................................

Désirs Vains

Je voudrais être la Mer, si altière
Qui rit et qui chante, le vaste infini!
Je voudrais être la Pierre qui jamais ne réfléchi,
La pierre du chemin, robuste et grossière!

Je voudrais étre le Soleil, la lumière intense,
Le bien de l’humble, infortuné de son sort!
Je voudrais étre l’arble, épais et dense
Qui se moque du monde vain et même de la mort!

Mais la Mer aussi de tristesse gémit…
Ler arbres aussi tel celui qui prie,
Ouvrent le brás au Ciel, comme un croyant!

Et le Soleil altier et puissant, quand finit la jounée,
A dans son agonie des larmes de sang
Et les Pierres… elle… sont par tous foulées!...

TOUR ARCHIVE 2007

13/01/2007 * PORTUGAL, Portimão – Arena
25/01/2007 * FINLAND, Helsinki – Finland Hall
27/01/2007 * FINLAND, Tampere – Tampere Hall
29/01/2007 * FINLAND, Lahti – Sibelius Hall
30/01/2007 * FINLAND, Turku – Holiday Club Caribia Spa Hotel
22/02/2007 * POLAND, Warsaw – Kongresowa Hall
02/03/2007 * SPAIN, Madrid – Auditorio Nacional de Música
07/03/2007 * AUSTRALIA, Sydney – Sydney Opera House
08/03/2007 * AUSTRALIA, Sydney – Sydney Opera House
10/03/2007 * AUSTRALIA, Adelaide – Womad Festival
11/03/2007 * AUSTRALIA, Adelaide – Womad Festival
16/03/2007 * NEW ZEALAND, Auckland – Womad Festival
18/03/2007 * NEW ZEALAND, Auckland – Womad Festival
23/03/2007 * USA, Washington – Kennedy Center
24/03/2007 * USA, Boston – Berklee Performance Center
04/04/2007 * NETHERLANDS, Ultrecht – Vredenburg
05/04/2007 * NETHERLANDS, Rotterdam – De Doelen
11/04/2007 * NETHERLANDS, Amsterdam – Concertgebouw
14/04/2007 * PORTUGAL, Braga – Feira do Livro
17/04/2007 * SPAIN, La Coruña – Teatro Colón
18/04/2007 * SPAIN, Victoria-Gasteiz – Teatro Principal
20/04/2007 * SPAIN, Lorca – Teatro Guerra
21/04/2007 * SPAIN, Cadiz – Teatro Falla
25/04/2007 * SPAIN, Barcelona – L’Auditori
26/04/2007 * SPAIN, Tolosa – Teatro Leidor
28/04/2007 * SPAIN, Gijon – Teatro Jovellanos
29/04/2007 * SPAIN, Valladolid – Auditorio
02/05/2007 * TURKEY, Istanbul – Sanat Istanbul Hall
04/05/2007 * PORTUGAL, Portimão – Hotel Algarve Casino
05/05/2007 * PORTUGAL, Vilamoura – Casino
12/05/2007 * LUXEMBOURG – Philharmonie Luxembourg
16/05/2007 * AUSTRIA, Dornbirn – Kulturhaus
17/05/2007 * AUSTRIA, Wien – Konzerthaus
19/05/2007 * SWITZERLAND, Lucerne – KKL Konzertsaal
26/05/2007 * SLOVENIA, Ljubljana – Krizanke
28/05/2007 * RUSSIA, Moscow – Stanislavski Theatre
03/06/2007 * POLAND, Szczecin – Pomeranian Dukes Castle
05/06/2007 * CZECH REPUBLIC, Ostrawa – Antonín Dvorák Theatre
07/06/2007 * CZECH REPUBLIC, Prague – Music Theatre Karlín
16/06/2007 * SPAIN, Logroño – Riojaforum
23/06/2007 * FRANCE, Paris – Salle Pleyel
28/06/2007 * BRASIL, Rio de Janeiro – Vivo Rio Show
29/06/2007 * BRASIL, São Paulo – Tom Brasil
30/06/2007 * BRASIL, Brasília – Teatro Nacional
06/07/2007 * PORTUGAL, Aveiro – Estádio Municipal
07/07/2007 * PORTUGAL, Lisboa – Estádio da Luz, New 7 Wonders
08/07/2007 * PORTUGAL, Mafra – Cool Jazz Fest
12/07/2007 * USA, San Diego – Embarcader Marina Park South
15/07/2007 * USA, Westhampton Beach – Performing Arts Center
17/07/2007 * USA, Naugatuck
19/07/2007 * USA, Daytona Beach – Peabody Auditorium
21/07/2007 * USA, Atlanta – Sympony Hall
25/07/2007 * GERMANY, Ludwigsburg – Schlossfestpiele
26/07/2007 * GERMANY, KarsIruhe – Zeltival
29/07/2007 * UK, Malmesbury – Womad Festival
30/07/2007 * UK, Harrogate – Harrogate Internacional Centre
04/08/2007 * PORTUGAL, Tavira – Fábrica Balsense
11/08/2007 * PORTUGAL, Vimioso
14/08/2007 * PORTUGAL, Sagres – Fortaleza
15/08/2007 * PORTUGAL, Palmela – Castelo
17/08/2007 * PORTUGAL, Tomar – Convento de Cristo
19/08/2007 * PORTUGAL, Évora – Arena d’Évora
21/08/2007 * PORTUGAL, Guimarães – Castelo
24/08/2007 * IRLAND, Dublin – Festival of World Cultures
26/08/2007 * PORTUGAL, Sintra – Palácio Nacional
28/08/2007 * PORTUGAL, Porto – Pavilhao Rosa Mota
30/08/2007 * PORTUGAL, Óbidos – Cerca do Castelo
01/09/2007 * SWEDEN, Uppsala – Uppsala Konsert & Kongress
02/09/2007 * SWEDEN, Uppsala – Uppsala Konsert & Kongress
21/09/2007 * SPAIN, San Sebastián – Festival Internacional Cinema
02/10/2007 * CANADA, Ottawa – Dominion Chalmers
03/10/2007 * CANADA, Toronto – Massey Hall
05/10/2007 * USA, Schenectady, NY – Proctor's Theatre
06/10/2007 * USA, New Bedford – Zeiterion Theatre
07/10/2007 * USA, New Bedford – Zeiterion Theatre
09/10/2007 * USA, North Bethesda – Music Center
10/10/2007 * USA, Hampton – The American Theatre

12/10/2007 * USA, New York – Carnegie Hall
13/10/2007 * USA, West Long Branch – Pollak Auditorium
16/10/2007 * USA, Chicago – Harris Theater
17/10/2007 * USA, Detroit – Orchestra Hall
19/10/2007 * USA, Houston – Jones Hall
20/10/2007 * USA, Dallas – McFarlin Auditorium
23/10/2007 * USA, Berkeley – Zellerbach Hall
24/10/2007 * USA, Davis, CA – Jackson Hall
26/10/2007 * USA, Santa Barbara – Lobero Theatre
27/10/2007 * USA, Costa Mesa – R & H S. Concert Hall
28/10/2007 * USA, Los Angeles – Walt Disney Concert Hall
02/11/2007 * GERMANY, Leverkusener – Jazztage
04/11/2007 * MEXICO, Monterrey – Plaza de los 400 años
08/11/2007 * PORTUGAL, Lisboa – Pavilhão Atlântico
11/11/2007 * BELGIUM, Brussels – Palais des Beaux Arts
12/11/2007 * SPAIN, Madrid – Teatro Albéniz
Concierto con Carlos do Carmo, Camané y Miguel Poveda
14/11/2007 * SPAIN, Valladolid – Centro Cultural Miguel Delibes
Concierto con Carlos do Carmo, Camané y Miguel Poveda
16/11/2007 * SPAIN, Santiago de Compostela – Auditorio de Galicia
Concierto con Carlos do Carmo, Camané y Miguel Poveda
18/11/2007 * NETHERLANDS, Amsterdam – Muziekgebouw
19/11/2007 * NETHERLANDS, Tilburg – Concertzaal
20/11/2007 * NETHERLANDS, Tilburg – Concertzaal
23/11/2007 * PORTUGAL, Funchal – Madeira Tecnopolo
26/12/2007 * NETHERLANDS, The Hague – Dr Anton Philipszaal

TOUR ARCHIVE 2006

18/01/2006 * AUSTRALIA, Sidney – Riverside Theatre
20/01/2006 * AUSTRALIA, Sidney – Sydney Opera House
21/01/2006 * AUSTRALIA, Sidney – Sydney Opera house
27/01/2006 * UK, Glasgow – Royal Concert Hall
29/01/2006 * NETHERLANDS, Nijmegen – De Vereeniging
30/01/2006 * NETHERLANDS, Alkmaar – De Vest
01/02/2006 * NETHERLANDS, Maastricht – Theater aan het Vrijthof
02/02/2006 * NETHERLANDS, Rottherdam – De Doelen
04/02/2006 * NETHERLANDS, Enschede – Muziekcentrum
05/02/2006 * NETHERLANDS, Tilburg – 013
07/02/2006 * NETHERLANDS, Groningen – De Oosterpoort
09/02/2006 * NETHERLANDS, Ultrecht – Vredenburg
11/02/2006 * NETHERLANDS, Leiden – Stadsgehoorzaal
12/02/2006 * NETHERLANDS, Delft – De Veste
04/03/2006 * SPAIN, Ourense – Auditorio de Ourense
05/03/2006 * SPAIN, La Coruña – Palacio de la Ópera
07/03/2006 * SPAIN, Salamanca – Centro Artes Escénicas
11/03/2006 * SPAIN, Castellón – Auditorio de Castellón
12/03/2006 * SPAIN, San Sebastián – Auditorio Kursaal
14/03/2006 * SPAIN, Zaragoza – Teatro Principal
16/03/2006 * SPAIN, Las Palmas – Auditorio del CICA
17/03/2006 * SPAIN, Las Palmas – Auditorio del CICA
24/03/2006 * FRANCE, Suresnes – Théâtre Jean Vilar
25/03/2006 * FRANCE, Roubaix – Colisée
28/03/2006 * FRANCE, Vanves – Théâtre le Vanves
30/03/2006 * FRANCE, Toulouse – Odyssud
31/03/2006 * FRANCE, Tarbes – Le Parvis Scène Nationale
07/04/2006 * ITALY, Milan – Teatro Dal Verme
18/04/2006 * GERMANY, Berlin – Philharmonie
19/04/2006 * GERMANY, Bremen – Schlachthof
21/04/2006 * GERMANY, Darmstadt – Centralstation
22/04/2006 * GERMANY, Krefeld – Kulturpunkt Fridenskirche
23/04/2006 * GERMANY, Stuttgart – Theaterhaus
25/04/2006 * GERMANY, Lörrach – Burghof
27/04/2006 * SWITZERLAND, Zurich – Volkshaus
30/04/2006 * FRANCE, Bourges – Festival Printemps
21/05/2006 * PORTUGAL, Lisboa – Gala Globos de Ouro
25/05/2006 * PORTUGAL, Lisboa – Gala Pirilampo Mágico
03/06/2006 * FRANCE, Clermont-Ferrand – Festival EuropaVox
09/06/2006 * PORTUGAL, Serpa – Praça do Município
23/06/2006 * MOZAMBIQUE, Maputo – Univ. Eduardo Mondlane
01/07/2006 * PORTUGAL, Famalicão – Pavilhão Municipal
02/07/2006 * PORTUGAL, Lisboa – Auditório dos Oceanos
07/07/2006 * PORTUGAL, Viseu – Adro da Sé
14/07/2006 * USA, Los Angeles – Hollywood Bowl
15/07/2006 * USA, Los Angeles – Hollywood Bowl
17/07/2006 * BELGIUM, Ghent – Blue Note Festival
20/07/2006 * SPAIN, Nerja – Cuervas de Nerja
22/07/2006 * SPAIN, Valladolid – Pátio de San Benito
25/07/2006 * FRANCE, Lodève – Voix de la Méditerranée
27/07/2006 * PORTUGAL, Monsaraz – Castelo
29/07/2006 * SPAIN, Ainsa – Castillo de Ainsa
02/08/2006 * USA, Chicago – Grant Park Music Festival’s
04/08/2006 * PORTUGAL, Viana do Castelo – Castelo
05/08/2006 * PORTUGAL, Bragança – Castelo
09/08/2006 * PORTUGAL, Lagos – Auditório Municipal
11/08/2006 * PORTUGAL, Alcobaça – Mosteiro
14/08/2006 * PORTUGAL, Trancoso – Recinto de Feiras
18/08/2006 * PORTUGAL, Faro – Largo da Sé
19/08/2006 * PORTUGAL, Estremoz – Parque de Feiras
26/08/2006 * ANGOLA, Luanda – Cine Atlantico
07/09/2006 * PORTUGAL, Lisboa – Gala Lançamento semanário Sol
11/09/2006 * MALAYSIA, Kuala Lumpur – Dewan Fil. Petronas
12/09/2006 * MALAYSIA, Kuala Lumpur – Dewan Fil. Petronas
15/09/2006 * CHINA, Shanghai – Oriental Arts Center
19/09/2006 * THAILAND, Bangkok – Thailand Cultural Centre
21/09/2006 * SOUTH KOREA, Seoul – LG Arts Centre
01/10/2006 * CROATIA, Zagreb – Vatroslav Lisinski
03/10/2006 * SERBIA, Belgrade – Sava Centar
19/10/2006 * BELGIUM, Namur – Namen Théâtre
21/10/2006 * BELGIUM, Charleroi – Centre Culturel
22/10/2006 * BELGIUM, Leopoldsburg – Centre Culturel
25/10/2006 * BELGIUM, Woluwe-Saint-Lambert – CC Wolubilis
27/10/2006 * BELGIUM, Evergem – Centre Culturel
28/10/2006 * BELGIUM, Turnhout – De Warande
01/10/2006 * PORTUGAL, Lisboa – Coliseu dos Recreios
02/10/2006 * PORTUGAL, Porto – Coliseu do Porto
18/11/2006 * FRANCE, Villiers-le-Bel – Espace Marcel Pagnol
22/11/2006 * UK, London – Royal Albert Hall
24/11/2006 * SWITZERLAND, Genéve – Grand Casino
25/11/2006 * SWITZERLAND, Lausanne – Palais de Beaulieu
05/12/2006 * LATVIA, Riga – Latvian National Opera

06/12/2006 * LATVIA, Valmiera – Valmiera Kultũras Centrã

Mariza já prepara novo álbum

de Vanessa Fidalgo
Correio da Manhã, 18 de Agosto de 2007


Mariza já está a trabalhar no próximo álbum de originais, o quarto da carreira. A fadista desdobra-se agora entre a presente digressão nacional e a “recolha de novo material”, que, segundo revelou ao Correio Êxito, poderá trazer à luz do dia “novas parcerias e autores”.

“Já estou a desenvolver a pesquisa para o meu próximo trabalho. Ainda é cedo para saber o que poderá ser. Nesta fase de recolha, leio e ouço muita coisa, além de dar especial atenção aos poemas e canções que muitos autores têm vindo a enviar-me”, revela a cantora. Embora sem querer avançar nomes, para “não ferir susceptibilidades”, Mariza afiança que o seu próximo disco de estúdio poderá trazer “novos colaboradores” quer ao nível da sua carreira, quer dentro do universo do próprio fado.

A intérprete de ‘Ó Gente da Minha Terra’ e ‘Cavaleiro Monge’ ainda não sabe ao certo se gravará em Portugal ou se, à semelhança do último trabalho (‘Transparente’), escolherá um estúdio (ou mesmo um produtor) além-fronteiras. “Nesse capítulo, ainda está tudo em aberto”, diz. Certo, certo é que “entre Janeiro e Fevereiro” entrará em estúdio para fazer um álbum que deverá chegar aos escaparates em meados de 2008, mesmo a tempo de mais uma série de digressões nacionais e internacionais.
Até lá, e na qualidade de embaixadora do turismo português, Mariza tem ainda de efectuar a digressão ‘Lugares com História’, que até ao próximo dia 30 passará por cenários tão emblemáticos como a Arena d’Évora (dia 19), o Campo de São Mamede, junto ao Castelo de Guimarães (21), Palácio da Vila de Sintra (25) e Castelo de Óbidos (30).

Arena d'Évora



Concerto de Mariza com a Orquestra Sinfonietta de Lisboa
Arena d'Évora
19 de Agosto de 2007
Fotografias de António José Ribeiro

Convento de Cristo, Tomar

de Ricardo Moutinho
17 de Agosto de 2007


Ao som dos inconfundíveis acordes iniciais de Loucura, Mariza ilumina o palco com um olhar que sorri de espanto, enquanto se aproxima da plateia lotada que a recebe com aplausos sedentos da sua voz. O cenário, montado pela escadaria e a capela do Convento de Cristo, em Tomar, ganha cor e sombras e o espectáculo começa.

O cumprimento inicial apresenta o convidado especial da noite, a Orquestra Sinfonietta de Lisboa (dirigida pelo maestro Vasco Pearce de Azevedo) e introduz Chuva, um dos fados de maior sucesso de Mariza. O público, tímido a principio, rapidamente se deixa conquistar pela presença, entrega e comunhão que só Mariza permite com quem a escuta, e expressa-o, repetidamente, no decorrer do concerto, com aplausos que vão do ânimo à euforia e do sorriso complacente ao desejo de mais e mais e mais…

E enquanto as pedras do convento se pintam de laranja, ou rosa, ou verde, ou encarnado, no palco, aberto ao património da humanidade, Mariza canta o fado, mas um fado que ela também dança, e ri, e chora, e lembra, e admira, e elogia, e pede companhia para cantar. E o público, entusiasmado, responde com afinação em Barco Negro. Entre aplausos, recorda os mestres Fernando Maurício, Amália Rodrigues e Carlos do Carmo, a quem dedica Duas Lágrimas de Orvalho, somente acompanhada pela guitarra portuguesa numa fabulosa interpretação de Luís Guerreiro que mereceu, ao longo da noite, as maiores reacções do público para os músicos.

De volta ao conjunto habitual de instrumentos que sempre acompanham Mariza (para além da guitarra portuguesa, a guitarra clássica de António Neto, o baixo de Vasco de Sousa e a percussão de João Pedro e Vicky) o concerto abre-se aos fados mais alegres que entusiasmam ainda mais a noite. E quando haviam já passado 80 minutos da entrada em palco, Mariza anuncia o final com o seu fado preferido, Primavera. A interpretação irrepreensível coloca a plateia de pé à espera dos encores. E Mariza regressa por mais 20 minutos, para pôr o público a cantar Nem às Paredes Confesso e provocar o momento de maior êxtase da noite quando anuncia Ó Gente da Minha Terra e desce do palco para cantar no meio das mais de mil pessoas que a escutavam. A plateia volta a levantar-se para se despedir da fadista que ainda sobe uma última vez ao palco para repetir Oiça Lá Ó Senhor Vinho, ao som das palmas ininterruptas de um público que mereceu o concerto a que assistiu. “Mariza, extraordinária!”

Harrogate International Festival

by Charles Hutchinson
The Press, August 2, 2007


Bright light and Gaelic support act Julie Fowlis's white dress made way for darkness and hues of blue and red to welcome the return of Mariza Nunes, the spectacular modern voice of Fado, the melancholic music of Portugal's tavernas.

Her musicians were in black, so too the tall Mariza, full-length with beads and gloves, hair cropped but blonde as Jean Harlow.

If she looked dramatic, her singing was even more so, deep and resonant and warm and, yes, melancholic, but sensuous too.

From lighting to costume, from grand entry to bravura climax, this was a superbly executed performance, laced with heartfelt chat, not least when Mariza pondered whether she was reinventing fado and concluded that fado was "what I was, what I am and what I will be in the future" before throwing all her soul into Meu Fado Meu like a latterday Edith Piaf.

She is truthful to tradition, visibly moved by singing her favourite fado Primavera, yet what makes her so exciting is the daring in Mariza.

The stroboscope finale to a piece constructed solely around Joao Santos's percussion was the stuff of thunder and lightning, while Mariza acknowledged her Mozambique roots with a sudden, dextrous detour into African rhythms and beats.

More surprises were still to come, first her off-the-cuff encore of Summertime, normally left in the rehearsal room but here given the Fado full monty, and for her finale, no microphone, just Mariza singing taverna-style with her guitarists serenading her. Wow!

Royal Albert Hall_2

PORTO SENTIDO
(Carlos Tê / Rui Veloso)

Mariza e Rui Veloso no ROYAL ALBERT HALL
Londres, Inglaterra / 22 Novembro 2006

Royal Albert Hall_1

ZANGUEI-ME COM O MEU AMOR
(Linhares Barbosa / Fado Mouraria)

Mariza, sem microfone, no ROYAL ALBERT HALL
Londres, Inglaterra / 22 Novembro 2006

Loucura

JULIO CAMPOS SOUSA

Sou do fado
Como sei
Vivo um poema cantado
De um fado que eu inventei

A falar,
Não posso dar-me
Mas ponho a alma a cantar
E as almas sabem escutar-me

Chorai, chorai
Poetas do meu país
Troncos da mesma raiz
Da vida que nos juntou

E se vocês
Não estivessem a meu lado
Então não havia fado
Nem fadistas como eu sou

Esta voz
Tão dolorida
É culpa de todos vós
Poetas da minha vida

É loucura
Oiço dizer
Mas bendita esta loucura
De cantar e de viver
..............................................................................................

Madness

I belong to Fado
As I know
I live a sung poem
From a Fado which I invented

Speaking,
I can't give myself
But if I make my soul sing
Then other souls know how to listen

Weep, weep
Poets of my country.
Trunks of the same root
Of this life which has united us

And if you
Weren't by my side
Then there would be no Fado
Nor Fado singers such as I

This voice
So very wounded
Is the fault of you all
Poets of my life

It is madness
I've heard it said
But blessed is this madness
Of singing and of suffering
..............................................................................................

Locura

Soy del fado
Cómo sé
Vivo un poema cantado
De un fado que yo inventé

Hablando,
No puedo darme
Pero pongo el alma a cantar
Y las almas saben escucharme

Llorad, llorad
Poetas de mí país
Troncos de la misma raíz
De la vida que nos juntó

Y si vosotros
No estuviesen a mi lado
Entonces no habría Fado
Ni fadistas como yo soy

Esta voz
Tan dolorida
Es culpa de todos vosotros
Poetas de mí vida

Es locura
Oigo decir
Mas bendita esta locura
De cantar y de sufrir

Ó Gente da Minha Terra

AMÁLIA RODRIGUES

Ó gente da minha terra
Agora é que eu percebi
Esta tristeza que trago
Foi de vós que a recebi

É meu e vosso este fado
Destino que nos amarra
Por mais que seja negado
Às cordas de uma guitarra

Sempre que se ouve o gemido
De uma guitarra a cantar
Fica-se logo perdido
Com vontade de chorar

E pareceria ternura
Se eu me deixasse embalar
Era maior a amargura
Menos triste o meu cantar
..............................................................................................

Oh People of My Land

Oh people of my land

It is now that I have perceived
This sadness which I carry
Was from you that I received

This Fado is both yours and mine
The destiny that unites us
No matter how much it is denied
By the strings of a guitar


Whenever one hears a lament
Of a guitar's song
One is instantly lost
With a longing to weep


It would seem a kindness
If I let myself be soothed
The greater the anguish
The less sorrowful my song
..............................................................................................

Oh Gente de Mi Tierra

Oh gente de mi tierra

Ahora es que he percibido
Esta tristeza que trago
Fue de vos que recibí

Es mío y vuestro este fado
Un destino que nos amarra
Por mucho que sea negado
Por las cuerdas de una guitarra

Siempre que se oye un gemido
De una guitarra cantando
Uno se pierde de pronto
Con ganas de llorar

Y parecería ternura
Si me dejara embalar
Era mayor la amargura
Menos triste mi cantar

Transparente

PAULO ABREU LIMA

Como a água da nascente

Minha mão é transparente
Aos olhos da minha avó.

Entre a terra e o divino
Minha avó negra sabia
Essas coisas do destino.

Desagua o mar que vejo
Nos rios desse desejo
De quem nasceu para cantar.

Um Zambéze feito Tejo
De tão cantado q'invejo
Lisboa, por lá morar.

Vejo um cabelo entrançado
E o canto morno do fado
Num xaile de caracóis.

Como num conto de fadas
Os batuques são guitarras
E os coqueiros, girassóis.

Minha avó negra sabia
Ler as coisas do destino
Na palma de cada olhar.

Queira a vida ou que não queira
Disse deus à feiticeira
Que nasci para cantar.
..............................................................................................

Transparent

Like the water from a spring

My hand is transparent
To my grandmother’s eyes.

Between heaven and earth
My black grandmother knew
Those things about destiny.

Flowing into the ocean I see
The rivers of that desire
From which I was born to sing.

The Zambezi becomes the Tagus
Sung about so much that I envy
Lisbon, for living there.

I see plaited hair
And the warm song of Fado
In a shawl of curls.

Like in a fairytale
The African drums become guitars
And the coconut trees sunflowers.

My black grandmother knew
To read things about destiny
In the palm at a glance.

Whether life wants it or not
God told the sorceress
That I was born to sing.
..............................................................................................

Transparente

Telle l’eau de la fontaine

Ma main est transparente
Aux yeux de ma grand-mère.

Entre la terre et le divin

Ma grand-mère noire savait
Ces choses du destin.

Devant mes yeux la mer s’étire
Sur les fleuves de ce désir
De qui est né pour chanter.

Un Zambèze devenu le Tage
Si chanté que j’en envie
Lisbonne, parce qu’elle y vit.

Je vois une chevelure tressée
Et le chant nonchalant du fado
Dans un châle de cheveux bouclés.

Comme dans un conte de fées
Les tam-tams sont guitares
Et les tournesols, cocotiers.

Ma grand-mère noire savait
Lire les choses du destin
Dans la paume de chaque regard.

Que la vie le veuille ou pas
A la sorcière Dieu murmura
Que je suis né pour chanter.
..............................................................................................

Transparente

Como el agua de un manantial
Mi mano es transparente
A los ojos de mi abuela.

Entre la tierra y el firmamento
Mi abuela negra sabía
Esas cosas del destino.

Fluyen al mar que veo
Los ríos de ese deseo
Del cual nací para cantar.

Un Zambeze se convierte en el Tajo
De tanto canto que envidio
Lisboa, por vivir allá.

Veo un cabello entrenzado
Y el canto calido del fado
En un mantón de rizos.

Como en un cuento de hadas
Los tambores africanos son guitarras
Y los cocoteros son girasoles.

Mi abuela negra sabía
Leer las cosas del destino
En la palma con cada mirada.

Quiera la vida o no quiera
Dijo Dios a la hechicera
Que nací para cantar.

'FADOS' Estreia no Canadá

de Sofia Canelas de Castro e Agência Lusa
Correio da Manhã, 27 de Julho de 2007


O filme ‘Fados’, do espanhol Carlos Saura, estreará em Setembro no Festival de Cinema de Toronto, no Canadá. Após a estreia do musical que conta com a participação de Camané, Mariza, Chico Buarque e Caetano Veloso, entre outros, no festival de cinema – entre 6 e 15 de Setembro – seguem-se vários festivais e a estreia nacional, ainda sem data oficial.

‘Fados” foi co-produzido pela Câmara de Lisboa através da EGE-AC (Empresa Municipal de Equipamentos e Animação Cultural), que entrou com um dos três milhões de euros de orçamento, a Zebra Productions, empresa do realizador, a Duvideo, de Ivan Dias, e a Fado Filmes, de Luís Galvão Teles, incluindo ainda as participações de França e Brasil.

O filme dura 90 minutos e conta ainda com artistas como Argentina Santos, Carlos do Carmo, Ricardo Rocha e Lila Downs.

Cada um dos artistas tem momentos a solo numa película que presta assim homenagem a quatro fadistas desaparecidos: Severa, Alfredo Marceneiro, Lucília do Carmo e Amália Rodrigues e ao guitarrista e compositor Armandinho.

Mariza canta em Lugares com História

de Sofia Canelas de Castro
Correio da Manhã, 25 de Julho de 2007


Silêncio, que se vai cantar o fado. Na última quinzena de Agosto Mariza sobe ao palco oito vezes numa digressão que percorrerá ‘Lugares com História’ de norte a sul do País.

A Fortaleza de Sagres (dia 14), o Castelo de Palmela (15), o Convento de Cristo, em Tomar (17), a Arena d’ Évora (19), o Campo de São Mamede junto ao Castelo de Guimarães (21), o Palácio Nacional de Sintra (25), a Praça da Cordoaria, no Porto (28), e o Castelo de Óbidos (30) são os monumentos escolhidos pela Música no Coração, promotora de ‘Lugares com História, a digressão patrocinada pela Caixa Geral de Depósitos (CGD).

“É claro que me inspiro ainda mais em locais com esta carga histórica”, admitiu Mariza ao CM, ontem, após a apresentação da digressão aos jornalistas, que decorreu na Culturgest, em Lisboa. “Estes espaços são bonitos e fazem parte do nosso património. São muito importantes para conhecermos melhor quem somos hoje”, disse a fadista.

Acompanhada pela Sinfonieta de Lisboa e pelos seus músicos – Luís Guerreiro (guitarra portuguesa), António Neto (viola), Vasco de Sousa (viola baixo) e João Pedro Ruela (percussão) –, Mariza apresentará um repertório baseado no ‘Concerto em Lisboa’, gravado há dois anos na Torre de Belém e editado em CD e DVD. E pode até acontecer que apresente algum tema novo. Sem promessas, ressalvou a cantora “para não criar expectativas”.

Embaixadora do Turismo Português, a fadista mais internacional de Portugal – que Armando Vara, da CGD, classificou como “um vulto da música nacional que todos respeitamos e admiramos” – aproveitará ainda para, durante a tournée, visitar alguns dos monumentos (que não conhece) onde irá actuar.

Numa rota pelo património nacional, todos os espectáculos serão ao ar livre, sujeitos a noites incertas de um Verão que tarda em chegar. Nada que preocupe Mariza ou a obrigue a cuidados especiais com a voz. “Não tenho os mínimos cuidados com a voz. Aprendi a cantar na rua, sem aulas, não tenho essas preocupações”, confessou. “A minha voz tem vida própria. Quando preciso dela, ela vem e eu canto.”

LISBOA... NO NATAL

Oito monumentos, oito concertos. “Cada ambiente, cada monumento, cada público é diferente. Por isso, será um espectáculo distinto a cada nova noite”, afiançou a fadista. De fora da tournée fica Lisboa. No entanto, “pode ser que mais perto do Natal os lisboetas tenham uma prenda no sapatinho!” (...)