Mariza elogiada pelo The Guardian

www.cotonete.clix.pt, 15 de Maio de 2013

O concerto de Mariza no Barbican de Londres foi elogiado pelo The Guardian.

O autor do artigo, Robin Denselow, dá quatro estrelas em cinco ao concerto da fadista na sala londrina. Denselow faz a comparação do novo espectáculo de Mariza com um concerto anterior da cantora, sobre o qual diz que «havia um excesso de intensidade». O jornalista diz que Mariza aparece «muito mais relaxada» e com um «repertório mais variado», tratando com «emoção fadista» canções de outros géneros tais como 'Smile', popularizada por Nat King Cole.

Denselow também faz uma comparação com Ana Moura, de quem diz que «é a maior rival internacional de Mariza», e que tem juntado com sucesso «o fado tradicional com o pop do ocidente». O artigo fala da introdução da bateria como um dos instrumentos que acompanha Mariza em palco, destacando um «solo de bateria que não tem nada a ver com o fado».

O autor do artigo fala ainda da figura da cantora, a qual parece «ainda mais magra e alta» do que antes, depois da pausa de quase dois anos dedicados à maternidade.

Mariza – review

by Robin Denselow
The Guardian, 14 May 2013

Lined up across the stage was the classic fado backing trio of Portuguese guitar, acoustic guitar and acoustic bass guitar, and in the darkness came the distinctive and declamatory voice of the singer who has done the most to bring Portugal's traditional answer to the blues to a new, global audience. Mariza has been away for nearly two years, taking time off, she explained, to have a baby and get married; dressed tonight in a long black gown, she managed to look even thinner and taller than before.

There was no new material in this set, which began with songs from her last album Fado Tradicional, from 2011, and included material from four previous albums. But there were, however, changes in her style and presentation. Her closest international rival, Ana Moura, has been popularising fusions of fado and western pop, and Mariza introduced a drummer for several songs; there was even a decidedly non-fado drum solo towards the end. On a more positive note, she had calmed and varied her performance. Her last London appearance was marred by constant full-tilt intensity, but here there were passages where she sounded far more relaxed, as on Meu Fado Meu. Much of her set consisted of traditional fado, in which new lyrics are added to traditional melodies, but she included a startling demonstration of musical fado, in which songs of all kinds are treated with the emotional intensity of great fado. The encores included an unexpectedly effective fado version of the Nat King Cole weepie Smile, sung in English.

It was a good night, too, for Scottish singer-songwriter Alasdair Roberts, who opened with a gently compelling solo set matching jaunty finger-picking guitar work with bleak lyrics on The Merry Wake and other songs from his latest album.

Mariza em selos dedicados ao Fado

de J. Pires dos Santos
Correio da Manhã, 22 de Setembro de 2012

Um ano após o Fado ser considerado Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela Unesco, os Correios de Portugal emitem a segunda emissão filatélica dedicada a esta temática.




















A fadista Mariza, uma das embaixadoras e impulsionadora do Fado junto da Unesco, aparece reproduzida no selo de 1,00 euro da série de seis selos que será lançada no próximo dia 11 Outubro.

Esta segunda série dedicada ao Fado presta homenagem a alguns dos grandes intérpretes da canção identificadora de Lisboa e da história cultural do país, como Camané, Rodrigo, Maria da Fé, Argentina Santos e Vicente da Câmara.

O selo de 0,32 euro reproduz Vicente da Câmara enquanto que a fadista Argentina Santos ilustra o selo de 0,47 euro. Por sua vez o selo 0,57 euro reproduz a fadista Maria da Fé e o selo de 0,68 euro Rodrigo. Já o fadista Camané aparece no selo de 0,80 euro e por último a Mariza no selo de 1,00 euro. Os seis selos além da fotografia do cantor reproduzem a sua assinatura. A emissão completa-se com um selo de 1,00 euro com outro selo anexo sem taxa, conjunto desenhado a lapis por Emmerico Nunes que reproduz o logo ‘Património da Humanidade – Fado – Heritage of Humanity’ e um guitarrista que acompanha o Fado, bem como o carimbo de primeiro dia de emissão.

Os Correios de Portugal têm prevista para breve a edição de um livro com o título ‘O Fado’, da autoria de Ruy Vieira Nery, que conta a história do Fado, desde o tempo que era visto como a ‘canção de Lisboa’ até ser reconhecido pela Unesco como Património Cultural Imaterial da Humanidade. As duas emissão filatélicas dedicadas ao Fado, com um total de 13 selos e um bloco, fazem parte integrante do novo livro.

Mariza e Milton colocam publico do Municipal para cantar

texto de José Rafael Berrêdo

fotografías de Alexandre Durão
www.g1.globo.com, 13 de Setembro de 2012















Fado e MPB se misturam na abertura do 'Ano de Portugal no Brasil' no Rio. Portuguesa dá show de simpatia, presença de palco e bom humor.


O público inicialmente parecia chegar para um concerto, na noite desta quarta-feira (12) no Theatro Municipal do Rio, no Centro da cidade. Trajes alinhados, carrões na porta, pedidos de silêncio ao menor sinal de ruído e os discursos que oficializaram a abertura do "Ano de Portugal no Brasil" davam um tom formal ao começo da cerimônia, por volta de 20h30. Foi só a fadista portuguesa Mariza entrar em cena, no entanto, para o protocolo pouco a pouco ser quebrado. Com bom humor, simpatia, presença de palco e, principalmente, um vozeirão impecável, ela fez a plateia rir, cantar e entrar no clima para receber Milton Nascimento, que manteve o ritmo interativo e emocionante do espetáculo.

"Uma felicidade poder partilhar o palco com a figura maior da música brasileira", elogiou Mariza, antes de dividir a última canção, "Maria, Maria", com Milton, e ir emborade braços dados com o mineiro.

Os dois já haviam cantado juntos "Caçador de mim", após uma hora de show emocionante só da portuguesa, com fados como "Ó gente da minha terra” e “Barco negro”.

A artista, que já se apresentou ao lado de Sting e Lenny Kravitz, fez questão de mostrar para os presentes que o mais famoso ritmo português tem seu lado alegre. Na canção "Rosa branca", promoveu uma espécie de show de auditório. Primeiro, pediu que todos a acompanhassem na letra, mas os sussurros tímidos e sem confiança não a convenceram. Decidiu, então, dividir a plateia por andares e separar um verso para repetirem. Ela iniciava com "Quem tem, quem tem amor a seu jeito" e guiava o coro, que completava: "Colha a rosa branca, ponha a rosa ao peito". Foi a deixa para se soltarem e a fadista seguir no comando da noite até o fim.

Mariza se mostrou conhecedora da música brasileira, em especial de duas cantoras, a quem disse "amar de paixão". Primeiro, soltou a voz na introdução de "Conto de areia" ("É água no mar, é maré cheia ô, mareia ô, mareia"), de Clara Nunes. Em seguida, emendou "Fascinação", de Elis Regina. "Queria eu cantar como ela", comentou. Aplausos de pé.



                        Ao iniciar "Caçador de mim", a portuguesa deu a deixa para Milton entrar no palco para um belo dueto e seguir solo, com um sucesso atrás do outro. Em pouco mais de uma hora, ele cantou 12 músicas, incluindo as duas com Mariza. “Ponta de areia”, “Faca amolada”, "Nos bailes da vida" e “Travessia” (na qual fez vibrar a plateia com a potência da voz) , entre outras, foram entremeadas com alguns causos do quase setentão - completa 70 anos no dia 26 de outubro.

O músico, que também faz 50 anos de carreira em 2012, recebeu nesta segunda (10) o título Doutor Honoris Causa em Belo Horizonte. Em meio a tantas datas e congratulações, ele não fez cerimônia para pedir um presente presente da plateia: um coro em "Canção da América". Prontamente atendido, ficou sentado, em silêncio, só assistindo. Mais do que merecido.

Milton também seguiu o roteiro do evento e lembrou de artistas portugueses que marcaram sua história, como a fadista Amália Rodrigues (1929-1999). "Mesmo com seis anos de idade ela já me emocionava", contou, antes de elogiar o investimento no intercâmbio cultural entre as duas nações. "Fico feliz de poder fazer parte desse momento histórico."

                          PROGRAMAÇÃO ATÉ 2013

A direção musical do espetáculo foi assinada por Zé Ricardo e a festa teve a presença de autoridades dos dois países, além de personalidades convidadas. O ator português Ricardo Pereira, galã de novelas da Globo, foi o apresentador.

O “Ano de Portugal no Brasil” se divide por diversas cidades e busca promover a imagem do país europeu por aqui. Foi aberto oficialmente justamente no feriado da Independência brasileira dos portugueses, 7 de setembro, em Brasília, com show da mesma Mariza com Roberta Sá e Orquestra Sinfônica.

A programação inclui eventos como exposições, festival de cinema, espetáculos de dança, concertos, intervenções, encontros literários e oficina de teatro. A agenda se estende até 10 de junho de 2013, Dia Nacional de Portugal e data do lançamento do “Ano do Brasil em Portugal”.

Mariza cantou e surpreendeu Brasília

Revista Luz, 12 de Setembro de 2012














A cantora portuguesa Mariza cantou, encantou, surpreendeu e emocionou as muitas centenas de pessoas que assistiram sexta-feira à noite ao espetáculo de abertura do Ano de Portugal no Brasil, na Praça das Fontes, na capital federal.


A só e em duo com a brasileira Roberta Sá, Mariza interpretou clássicos e temas novos do fado. Num gesto que desencadeou sentimentos de empatia, Mariza desceu do palco para cumprimentar público anónimo e, em vários casos, emocionado.

Da plateia de convidados em que estavam, entre outros, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, o embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Ribeiro Telles, e a ministra da Cultura do Brasil, Ana de Hollanda, ou das muitas centenas de brasilienses que se deslocaram à Praça das Fontes, junto à torre de Tv, para assistirem ao show, patrocinado pelo grupo EDP, Mariza recebeu fortes e emocionados aplausos, que partilhou com Roberta Sá e com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, que abriu o evento.

A apresentação - com lançamento de dois selos alusivos ao Ano Portugal-Brasil, pelos correios de Portugal e do Brasil, tendo por tema A Força da Língua Portuguesa, com imagens em aquarela de Fernando Pessoa e de Cruz e Sousa, acompanhadas por versos dos poemas Mar Português e Ser Pássaro respectivamente - marcou o início de um variado conjunto de eventos culturais e outros de caráter econômico e científico, que decorrerão no Brasil até 10 de Junho de 2013, Dia de Portugal, enquanto o Brasil levará a Portugal espetáculos, exposições e debates.

A riqueza do Fado em Belo Horizonte

www.divirta-se.uai.com.br, 9 de Setembro de 2012


É de um triângulo amoroso entre Portugal, África e Brasil, lembra a cantora portuguesa Mariza, que nasce o gênero musical que ela traz de volta ao país, nas comemorações do Ano de Portugal no Brasil. Atrações do concerto de inauguração da data, Milton Nascimento & Banda abrem a noite de hoje, no Grande Teatro do Palácio das Artes, seguidos da fadista. “Milton é um cantor único”, resume ela, que, acompanhada de quatro músicos portugueses, apresenta concerto com o qual já passou pelas principais salas do mundo, entre as quais a Ópera de Sydney, na Austrália, e o Carnegie Hall, de Nova York.

“É a oportunidade de mostrar o que já fiz”, diz Mariza, lembrando que, apesar de respeitar a tradição, o fado que faz é muito próprio. “São 11 anos de estrada”, justifica a cantora, que, entre os cinco discos lançados, tem Transparente, gravado no Brasil, sob a produção de Jacques Morelenbaum. Segundo ela, o maestro brasileiro conseguiu dar sonoridade romântica mais leve ao gênero, normalmente mais duro. Além de sucessos de Amália Rodrigues em releituras pessoais, Mariza promete canções brasileiras no programa. No fim do concerto, dividirá alguns números com Milton.

No Brasil, Elis Regina e Clara Nunes são algumas fontes de inspiração para o canto de Mariza, assim como Elza Soares, Maria Bethânia, Chico Buarque, Caetano Veloso e, naturalmente, Milton. Dona de poderoso timbre vocal, ela nunca fez aulas de canto ou música. “Chego ao palco e canto”, afirma, dizendo que o método fez com que se inspirasse também em Frank Sinatra, Nina Simone, Ella Fitzgerald, Stevie Wonder e, acreditem, no Mettallica. “Não existe música ruim”, diz, recorrendo ao mestre Dizzy Gillespie, para o qual não há música boa ou ruim. “A gente é que escolhe”, justifica.

O fado, ela lembra, não é música de massas. “É culta, centenária e tem algo incrível. Trata-se de música delicada, que fala dos sentimentos humanos. Nem todos conseguem cantar”, admite. “Para cantar fado”, acredita, “é preciso educar o sentimento.” A cada vez que sobe ao palco, ela se sente como se estivesse abrindo uma caixa. “A gente se despe da roupa e da alma”, acrescenta, atribuindo ao gênero musical português, reconhecido mais recentemente pela Unesco como patrimônio cultural da humanidade, uma espécie de delicadeza da renda.

“Trata-se da música urbana de Lisboa, tipicamente portuguesa”, explica Mariza, lembrando que a primeira influência do fado sobre a música brasileira teria ocorrido em forma de dança, via modinha e lundu. “Dizem que o choro chega perto do fado, mas acho que o samba já faz isso. Ele também fala de sentimentos”, compara. “O fado não é só tristeza. Ele é uma doce melancolia, que reúne amor, alegria, ciúme, contentamento”, conclui a fã “emblemática” da MPB, que diz já ter perdido a conta das vezes em que veio cantar no Brasil.

Ano de Portugal no Brasil começou com o pé direito

Agência Lusa

Jornal Expresso, 8 de Setembro de 2012

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, afirmou esta noite que o Ano de Portugal no Brasil começou com o "pé-direito", com o concerto de Mariza a espalhar "alegria e respeito" por Portugal entre os brasileiros.

"Começou de forma extraordinária. (...) A energia, a alma, a força que ela transmitiu como imagem de Portugal espalhou alegria e respeito por milhares de brasileiros que aqui estavam. (...) Acho que foi entrar com o pé direito", afirmou o ministro, no final do concerto de Mariza, em Brasília.

O concerto, que marcou a abertura do Ano de Portugal no Brasil e de Brasil em Portugal, contou com a presença de cinco a sete mil pessoas, segundo as estimativas dos organizadores.

Mariza pôs brasileiros a cantar fado

de Luís Manuel Cabral

Diário de Notícias, 8 de Setembro de 2012

A cantora portuguesa Mariza conquistou a cidade de Brasília esta noite com um concerto a céu aberto para mais de cinco mil pessoas, que emocionou os brasileiros e os pôs a cantar fado.

Totalmente à vontade no palco, Mariza falou com o sotaque brasileiro quando foi preciso, para garantir que se fazia entender, e convocou a plateia a cantar com ela. "O que eu vou tentar aqui hoje é fazer com que vocês cantem um fado comigo. Se precisar, eu falo com sotaque", brincou a cantora, a imitar a entonação brasileira, ganhando de imediato a simpatia do público.

Em seguida, um enorme coro acompanhou a cantora no refrão de "Rosa Branca", emocionando brasileiros e portugueses presentes no evento.

O concerto abriu oficialmente o Ano de Portugal no Brasil e de Brasil em Portugal, com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, António Patriota, e a ministra da Cultura brasileira, Ana de Hollanda.

Mariza foi convidada ao palco pela cantora brasileira Roberta Sá, responsável por abrir o espetáculo. Juntas, cantaram "Insensatez", de Tom Jobim, acompanhadas pela Orquestra Sinfónica de Brasília.

Mariza abre el año de intercambio cultural Brasil-Portugal

Agencia EFE

Periodico Qué, 7 de Septiembre de 2012

Un concierto en Brasilia de las cantantes Roberta Sá, una de las principales voces de la Música Popular Brasileña en la actualidad, y Mariza, una destacada intérprete de la renovación del fado portugués, puso inicio hoy a un año de intercambio cultural entre Brasil y Portugal.

El concierto gratuito de las dos cantantes y de la Orquesta Sinfónica del Teatro Municipal en el Eje Monumental, un enorme descampado en el centro de la capital brasileña, marcó la apertura tanto del Año de Portugal en Brasil como del Año de Brasil en Portugal".

Poco antes del concierto e igualmente en Brasilia, en un acto en el Teatro Nacional, el ministro portugués de Negocios Extranjeros, Paulo Portes, encabezó la ceremonia oficial del lanzamiento de Año de Portugal en Brasil.

El intercambio de artistas, muestras y representaciones culturales entre la antigua metrópoli y su excolonia fue abierto este 7 de septiembre, cuando se conmemora el Día de la Independencia de Brasil, y se extenderá el próximo año hasta el 10 de junio, fecha de la conmemoración nacional de Portugal.

El objetivo de los programas culturales simultáneos de promover la integración entre los dos países tuvo su primer fruto esta noche cuando, pese a ser intérpretes de ritmos musicales muy diferentes, Mariza se unió a Roberta Sá para cantar las canciones "Insensatez", del fallecido compositor brasileño Tom Jobim, y "Fado Tropical", de Chico Buarque y Ruy Guerra.

Cada uno de los países definió una programación especial para mostrar en el otro su cultura, tanto tradicional como moderna, mediante manifestaciones artísticas y culturales que incluyen teatro, cine, música, literatura, artes plásticas, danza y gastronomía.

La programación brasileña incluye varios conciertos gratuitos de conocidos músicos como Ney Matogrosso, Zeca Baleiro y Martinho da Vila, así como de grupos como el Monobloco, una de las bandas más demandadas en las fiestas de Carnaval en Brasil.

Tras el concierto de esta noche, la programación del Año de Portugal en Brasil continúa el domingo, cuando la portuguesa Mariza cantará al lado del brasileño Milton Nascimento en Belo Horizonte, y dos días después con la repetición de esa misma pareja en el Teatro Municipal de Río de Janeiro.

otros músicos portugueses con presentaciones programadas en al menos 30 ciudades en Brasil son The Gift, Real Combo Lisbonense, Antonio Zambujo, Buraka Som Sistema, la fadista Carminho y Oreja Negra.

La producción cinematográfica portuguesa será objeto de una muestra paralela en el próximo Festival de Cine de Río, en octubre próximo, con películas como "Tabu" y una retrospectiva del director Manoel de Oliveira.

En las artes plásticas destaca la retrospectiva de la obra de la portuguesa María Helena Vieira da Silva que será expuesta en el Museo de Arte Moderno (MAM) de Río de Janeiro, y en la literatura el lanzamiento en Brasil de la colección "Novíssimos", compuesta por novelas de diez jóvenes autores lusos.

Mariza cantou, encantou e surpreendeu Brasília

de Alfredo Prado

www.portugualdigital.com.br, 7 de Setembro de 2012

A cantora portuguesa Mariza cantou, encantou, surpreendeu e emocionou as muitas centenas de pessoas que assistiram sexta-feira à noite ao espetáculo de abertura do Ano de Portugal no Brasil, na Praça das Fontes, na capital federal.

A cantora portuguesa Mariza cantou, encantou, surpreendeu e emocionou as muitas centenas de pessoas que assistiram sexta-feira à noite ao espetáculo de abertura do Ano de Portugal no Brasil, na Praça das Fontes, na capital federal.

A só ou em duo com a brasileira Roberta Sá, que conquista espaço no cenário musical brasileiro cantando composições envolventes do samba, Mariza interpretou clássicos e temas novos do fado.

Cinco anos depois de se ter apresentado no Teatro Nacional, em Brasília, em evento que assinalou a presidência portuguesa da União Europeia, Mariza cantou, agora, em espaço aberto para um público exigente e ao mesmo tempo disponível para conhecer e acolher generosamente um gênero a que não está habituado.

Com um timbre inigualável e um jingado que nasce das raízes miscigenadas em Moçambique, Mariza deu vida ao palco em espaço aberto, num espetáculo organizado pelo comissão nacional para o Ano de Portugal no Brasil.

Intérprete de alguns dos mais conhecidos poetas da língua portuguesa, como Fernando Pessoa, David Mourão-Ferreira ou Chico Buarque, entre outros, Mariza colheu calorosos aplausos, mesmo quando o sotaque luso não possibilitava o entendimento imediato das palavras do seu belo e envolvente canto. Num gesto que desencadeou sentimentos de empatia, Mariza desceu do palco para cumprimentar público anónimo e, em vários casos, emocionado.

Da plateia de convidados em que estavam, entre outros, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, o embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Ribeiro Telles, e a ministra da Cultura do Brasil, Ana de Hollanda, ou das muitas centenas de brasilienses que se deslocaram à Praça das Fontes, junto à torre de Tv, para assistirem ao show, patrocinado pelo grupo EDP, Mariza recebeu fortes e emocionados aplausos, que partilhou com Roberta Sá e com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, que abriu o evento.

A apresentação - com lançamento de dois selos alusivos ao Ano Portugal-Brasil, pelos correios de Portugal e do Brasil, tendo por tema A Força da Língua Portuguesa, com imagens em aquarela de Fernando Pessoa e de Cruz e Sousa, acompanhadas por versos dos poemas Mar Português e Ser Pássaro respectivamente - marcou o início de um variado conjunto de eventos culturais e outros de caráter econômico e científico, que decorrerão no Brasil até 10 de Junho de 2013, Dia de Portugal, enquanto o Brasil levará a Portugal espetáculos, exposições e debates, visando mostrar as realizações e projetos de um país que as telenovelas raramente mostram.

Mariza e Roberta Sá cruzam fado e samba no Brasil

www.tvi24.iol.pt, 7 de Setembro de 2012



A fadista portuguesa Mariza prometeu, em Brasília, uma «mistura muito interessante» entre a música portuguesa e brasileira, no concerto de abertura do Ano de Portugal no Brasil e de Brasil em Portugal, que acontecerá hoje no final do dia, escreve a agência Lusa.

«Acho que as músicas não têm género, nem língua, são universais. E poder misturar as duas culturas vai ser muito interessante», afirmou Mariza à Lusa, após um breve ensaio com o Orquestra Sinfónica de Brasília, que acompanhará a cantora em algumas de suas interpretação.

Mariza cantará ao final da tarde de hoje, em Brasília - ao fim da noite, em Portugal -, para o público brasileiro, ao lado da cantora Roberta Sá, com quem já se apresentou em conjunto num concerto em Lisboa e noutro, em São Paulo.

«É um privilégio estar aqui e poder partilhar o palco com a Roberta Sá, agora numa apresentação ainda maior», afirmou Mariza, destacando o caráter universalista da música, independente de idioma ou estilo.

«O mais importante é que as pessoas vão ter oportunidade de ver duas cantoras que estão em mundos musicais diferentes, mas que, ao mesmo tempo, juntam as culturas e fazem da música uma só», completou.

As cantoras, que encarnam estilos tão distintos quanto marcantes - o fado e o samba - vão apresentar-se primeiro separadamente, juntando-se depois num dueto para cantar «Fado Tropical», de Chico Buarque de Hollanda, e «Insensatez», de Tom Jobim.

Mariza espera mostrar ao público brasileiro um lado mais tradicional do fado, mas também um fado «próprio», mais ligado ao futuro e à cultura contemporânea.

«As pessoas poderão ver um fado mais agarrado às tradições, porque continuamos a proteger muito as nossas tradições - uma cultura mais que centenária, que, ao mesmo tempo, está a dar passos para o futuro, atenta a tudo que a rodeia», descreve.

O Ano de Portugal no Brasil e Brasil no Portugal será aberto oficialmente nesta sexta-feira, com a presença do ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e do comissário do Ano de Portugal no Brasil, Miguel Horta e Costa.

Mariza cantou para milhões de brasileiros

de Raquel Costa
Diário de Notícias, 19 de Agosto de 2012















A fadista foi uma das convidadas do espectáculo de solidariedade 'Criança Esperança', transmitido pela rede Globo. O ator Ricardo Pereira também representou Portugal na gala.

"A fadista portuguesa Mariza traz em sua voz a maresia das terras de além-mar. Até quem não conhece Portugal vai sentir uma saudade infinita!". Foi desta forma poética que Mariza foi apresentada durante a gala de solidariedade Criança Esperança, transmitida pela Globo no sábado.

O ator Ricardo Pereira também representou o seu país no espectáculo, declamando um excerto do poema Acordar, de Álvaro de Campos (heterónimo de Fernando Pessoa), e usando um traje típico português.

Mariza e Milton Nascimento abrem Ano de Portugal no Brasil

Agencia Lusa
Revista Lux, 14 de Julho de 2012

Um concerto com a fadista Mariza e o cantor Milton Nascimento vai marcar a abertura oficial do Ano de Portugal no Brasil, a 09 de setembro, anunciou na sexta-feira, em Lisboa, o comissário-geral da iniciativa, Miguel Horta e Costa.

Horta e Costa fez a apresentação das linhas gerais da programação de Portugal, numa sessão no Centro Cultural de Belém (CCB), que contou também com a presença do comissário-geral do Ano do Brasil em Portugal, António Grassi, do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e do embaixador do Brasil, Mário Vilalva.

O Ano de Portugal no Brasil - Brasil em Portugal é uma iniciativa conjunta dos dois países que vai decorrer entre 07 de setembro de 2012 e 10 de junho de 2013, correspondendo, respetivamente, ao Dia da Independência do Brasil e ao Dia de Portugal. A realização deste evento foi decidida durante um encontro dos chefes do Governo dos dois países - a 10.ª cimeira luso-brasileira, realizada em 2010 -, na sequência de outras iniciativas que o Brasil tem vindo a realizar em França, Itália, Holanda e Alemanha.

Miguel Horta e Costa apontou que o Ano de Portugal no Brasil irá decorrer «num momento particularmente relevante, em que Portugal - como toda a Europa - enfrenta uma crise económica sem precedentes, enquanto o Brasil atravessa um ciclo de forte crescimento económico e social, afirmando-se como a 6.ª potência mundial».

Para o comissário-geral, o programa «constitui uma oportunidade para apresentar no Brasil um Portugal jovem, moderno e inovador, através de uma operação estruturada de cooperação entre entidades públicas e privadas dos dois países». Nesse sentido, indicou, o lema do programa hoje apresentado será «Portugal Agora», e centrar-se-á na modernidade e na inovação, nas áreas da cultura, economia e desenvolvimento empresarial, na tecnologia, ciência, educação e desporto.

O vasto programa cultural, que, indicou, ainda não está finalizado, começará com um concerto de abertura a 09 de setembro, em Belo Horizonte, com a fadista portuguesa Mariza, e o cantor e compositor brasileiro Milton Nascimento, no Palácio das Artes. Na área da música, está ainda prevista uma digressão da orquestra da Gulbenkian pelo Brasil.

Nas artes plásticas, serão realizadas exposições de pintura de Maria Helena Vieira da Silva e de esculturas de Rui Chafes, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, e uma exposição de pintura, desenho e obra cerâmica dos irmãos Columbano e Rafael Bordalo Pinheiro, no Museu Nacional de Belas Artes, na mesma cidade. Ainda nas artes plásticas, vão ser realizadas exposições dos artistas Vasco Araújo e Joana Vasconcelos, e, na área do design, uma dedicada ao trabalho de Fernando Brízio.

Na arquitetura, está em destaque a exposição «Os Pritzker de Língua Portuguesa - A Arquitetura e a Sedução», sobre os arquitetos brasileiros Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha, e os portugueses Eduardo Souto de Moura e Álvaro Siza Vieira.

Na literatura, está prevista, em colaboração com o grupo editorial Leya, a publicação de dez novos autores portugueses no Brasil.

Faz ainda parte do programa uma exposição no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, com um percurso da evolução do português no Brasil, tal como foi expressa na literatura brasileira, desde a época do Padre António Vieira, intitulada «Palavras de Memória».
A organização portuguesa está ainda a preparar «uma participação reforçada» nos principais festivais de cinema do Brasil.

Noche de Fado con Mariza

www.elmundo.es, 25 de Junio de 2012

Hay quien piensa que el fado es triste y quien sabe que también tiene su lado optimista, Fernando Pessoa decía que el fado no es ni lo uno ni lo otro, pero si en algo está todo el mundo de acuerdo es que se trata de la expresión del alma portuguesa por antonomasia.

Los enamorados de la canción tradicional lusa pudieron disfrutar de Mariza, una de las voces más internacionales del género (con permiso de Amália Rodrigues) en el 'Festival do Fado' de Madrid, donde, durante cuatro noches, el país vecino estuvo muy presente en la capital española.

La cantante que en solo una década ha conseguido más de 30 discos de platino y ha actuado en los mejores escenarios mundiales congregó a amigos y admiradores que se dejaron cautivar por su estilo intimista.

La cantante Mariza

“La crisis acerca más a la gente al fado”

entrevista de Pilar Alvarez
fotografia de Cristóbal Manuel
El Pais, 23 de Junio de 2012



A Mariza le gustaría volver a aquellos años. A Zalala, la taberna de sus padres, donde escuchó sus primeros fados mientras servía las mesas. A las escalinatas sinuosas y las casas de color pastel del humilde barrio de Morería (Lisboa) donde la señalaban como la niña “que cantaba diferente”. Regresa a los conciertos tras un año de retiro por el nacimiento de su primer hijo. “Me estaba volviendo un poco loca, no puedo vivir sin cantar, es algo que me alimenta”.

Le podía la añoranza, la saudade quizás. “He echado mucho de menos el escenario, a los amigos, al público”. Ahora, cuando interpreta, la fadista rubia platino siente que está en aquella primera taberna o en la estrecha tasca do Chico, en el barrio lisboeta de Alfama, por la que a veces se deja caer. Quiere dar las gracias. “Es un obrigado a los que me han servido como profesores sin saberlo en todos estos años”. A los espontáneos a los que escuchaba en las calles del barrio. “A esas personas que me han envuelto con la música y con el sentimiento del fado”.

De eso va su último disco, Fado Tradicional, y el concierto que ofrece este domingo en Madrid en el II Festival Fado en los Teatros del Canal (Cea Bermúdez, 1). “Es un espectáculo más intimista, quiero estar más cerca de la gente”, explica al teléfono desde Portugal. Su última actuación en Madrid fue en 2007, cuando cantó con Miguel Poveda en el Auditorio Nacional tras participar en la película Fados, de Carlos Saura.

Mariza (Maputo, Mozambique, 1973) ha mezclado el género portugués con casi todo: jazz, soul, blues, música clásica, flamenco. “Llevo 10 años haciendo festivales muy diferentes, el fado combina muy bien. Es una música muy portuguesa, sí, pero también muy universal”.
En España ha colaborado con Poveda, José Mercé, con Concha Buika y el productor Javier Limón. ¿Tiene a alguien más en mente? “Eso no se planea. La música no es algo cerebral ni matemático. Hay que sentir empatía, energía, corazón...”. Pausa. Sí, hay alguien con quien interpretaría hoy mismo, sin conocerlo. Pero “a los dioses no se les pide nada”. El dios es Paco de Lucía. “Me encantaría que tocara un fado para mí”.

Mariza es embajadora del fado. Cuando fue declarado Patrimonio Inmaterial de la Humanidad en 2011, una periodista escribió: “Por lo menos esto nos ayuda a subir la autoestima, ¿no?”. Se queda pensativa. “Increíblemente, en este momento tan gris en Portugal, la gente se acerca más a la cultura, a la música, al teatro, al fado, porque alimentan el alma”. No se le ocurre ningún fado para ilustrar la crisis ni se atreve a citar cuál es su favorito. “Es como decirle a una madre que elija a uno de sus cinco hijos...”.

Desde que la Unesco les otorgó la distinción, siente que en su país hay más respeto por esta música nacida en los burdeles del siglo XIX. “Hay más gente que lo intenta estudiar, entender, cuidar. Ha sido muy importante para conquistar al público más joven, para que intenten conocer su historia y seguir adelante”. Promete un nuevo disco cuando termine la gira. Aún no hay detalles. “Sé que lo haré, pero aún no sé cómo. Primero tengo que sentirlo”.

"Yo en España me siento como en casa"

entrevista de Alberto Ojeda
www.elcultural.es, 23 de Junio de 2012

La II edición del Festival Internacional de Fado no podía tener mejor broche. El domingo por la tarde aparecerá en el escenario de los Teatros del Canal la imponente Mariza, la mujer que ha convertido este género portugués en un fenómeno masivo en su país, y que lo ha llevado fuera de sus fronteras, como su embajadora más reconocida y eficaz (el año pasado fue declarado Patrimonio Inmaterial de la Humanidad). Regresa a Madrid dos años después de su último concierto aquí, en el Auditorio Nacional, junto a Miguel Poveda. Esta vez viene con su disco Fado tradicional bajo el brazo, un trabajo en el que ha vuelto a la taberna que su padre tenía en el barrio de Morería, donde se empapó de los cantes más puros de la Lisboa decimonónica. Esa reivindicación de la tradición tendrá también su réplica, porque Mariza también pretende regalar a público madrileño un repertorio con sus temas más populares. Nos lo confiesa desde Lisboa, al otro lado del teléfono, mientras su hijo, de apenas un año, la interrumpe cada cierto tiempo.

¿Qué vamos a escuchar este domingo en los Teatros del Canal?
El concierto tendrá dos partes. En la primera saldrán a relucir los temas más populares y que le gustan a la gente. A la mitad del concierto daré un golpe de timón hacia territorios más íntimos. Será cuando cante las canciones del disco Fado tradicional.

Este disco suyo es un retorno a las raíces del fado. ¿Por qué sintió la necesidad de volver a esa época?
Yo fui la embajadora de la candidatura del fado para que la Unesco lo nombrara Patrimonio de la Humanidad. Esa candidatura decidimos basarla en este disco, que busca perpetuar el fado tradicional de cara al futuro. Para ello buceé en mi infancia y mi juventud, en lo que escuchaba en la taberna de mi padre en el barrio de Moreria, en las asociaciones de fado a las que iba... Intenté recoger aquellas voces que me nutrieron y me han hecho la fadista que soy. El disco era una forma de mostrarles mi gratitud.

Si usted está en esta línea de garantizar la pureza del fado del siglo XIX, ¿porque hay voces en Portugal que le reprochan una presunta falta de ortodoxia?
Bueno, yo no he escuchado esas voces. Yo creo que todo cantante de este género debe tener dominada la base del fado tradicional, el que se cantaba, más o menos, hace 120 años en los barrios. Yo me he criado en uno de ellos, he respirado ese fado puro, pero creo que hay que tener también una flexibilidad. El mundo está cambiando mucho y el fado no puede vivir al margen de esos cambios, también tiene que evolucionar sin perder de vista su pasado.

¿Cuando canta fuera de Portugal se siente más libre de improvisar y de seguir los cánones clásicos del fado?
No, yo canto igual en Portugal que en Sidney, Madrid, Singapur, Nueva York... Pero sí improviso, el fado es pasión y ésta no se puede calcular.

¿Cree que en España realmente entendemos el fado, que lo sentimos con hondura?
Yo en España me siento como en casa y veo mucho interés por el fado. Hay un público muy entendido y muy receptivo. Lo bueno de ese interés por el fado es que luego se transmite a otros aspectos de la cultura portuguesa.

De la música española ¿cuáles son sus fetiches?
Me encanta Paco de Lucía, claro. He de reconocer, sin embargo, que no soy ninguna experta en música española. Hay un grave problema de incomunicación en este sentido. Mucho de lo que se hace en España no llega a Portugal y viceversa. Por eso sé que me pierdo muchas cosas. Conozco algunos de los cantantes apadrinados por Javier Limón, como Concha Buika. También sigo a Carmen Linares, Estrella Morente, Mercé... Camarón también me gusta mucho, por supuesto. Pero reconozco mi ignorancia.

¿En qué sentido cree que le marcó en su estilo el hecho de que su madre sea africana?
Bueno, yo me siento muy, muy portuguesa. Al fin y al cabo aunque nací en África mi infancia ya la pasé aquí en Lisboa. Mozambique me queda muy lejos. De África tengo más influencia de países como Angola o Cabo Verde. Mi madre me ha abierto mucho los gustos musicales, porque ella ponía en casa y en la taberna música antillana, argentina, brasileña... Pero ya digo que cuando canto fado concentro en el fado únicamente.

Mariza em Cartaz Olímpico

Agencia Lusa, 20 de Junho de 2012

A fadista Mariza estará entre milhares de artistas das 204 nações em competição nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, em Londres, que atuarão num grande festival cultural que arranca quinta-feira e decorre até 09 de setembro, no Reino Unido.

Mariza atuará dia 21 de julho, no palco Europa do BT River of Music, um evento de música de entrada gratuita, à beira do rio Tamisa, que terá lugar no fim-de-semana que antece o início das olimpíadas, a 27 de julho.

Ao todo, os organizadores têm programados 12 mil eventos com a participação de mais de 25 mil artistas, incluindo alguns mais conhecidos como Gilberto Gil, Yoko Ono, Damon Albarn, Cate Blanchett, Jay Z e Florence and the Machine, entre outros.

Apesar de ser centrado em Londres, o festival será distribuído por 900 recintos, em todo o Reino Unido, e inclui 137 estreias mundiais e 85 estreias britânicas.

A abertura será feita em Edimburgo, num concerto ao ar livre com Gustavo Dudamel e a Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela, à qual se juntará um grupo de jovens músicos locais. Mais a sul, a companhia francesa Les Commandos Percu aproveitará a passagem da tocha olímpica para fazer um espetáculo junto ao lago Windermere, enquanto que nos jardins botânicos de Carmarthen, no País de Gales, será posta a descoberto uma réplica insuflável do monumento pré-histórico Stonehenge.

Mariza esgotou Coliseu de Lisboa

www.sicnoticias.sapo.pt, 15 de Abril de 2012

Mariza regressou aos palcos para um concerto esgotado no Coliseu dos Recreios em Lisboa. A fadista, a aassinalar 10 anos de acrreira, reconhece estar a viver uma nova fase da vida, depois de ter sido mãe.

La fadista Mariza celebra 10 años de carrera

de Belén Rodrigo
www.abc.es, 15 de Abril de 2012


Considerada la voz más conceptuada del fado actual, la artista portuguesa cuenta con más de 30 discos de platino y reúne el reconocimiento de público y crítica.

La fadista Mariza regresó anoche a los escenarios tras un año sin conciertos debido a su maternidad y celebró además con los lisboetas, en el Coliseo de los Recreos, diez años de carrera. Considerada la voz más conceptuada del fado actual, la artista portuguesa cuenta con más de 30 discos de platino y reúne el reconocimiento de público y crítica.

Aclamada en los cinco continentes y después de llenar salas como la Ópera de Sydney, el Royal Albert en Londres o el Carnegie Hall en Nueva York, el de ayer era un regreso muy esperado. Fue el primer concierto de Mariza desde que el Fado fue considerado patrimonio inmaterial de la humanidad, candidatura de la que ella fue embajadora, y existía una gran curiosidad por ver la influencia que la experiencia de la maternidad ha tenido en la artista. Son nuevas emociones que dejaron sobre las tablas a una mujer más segura, más profesional y osada en la forma cada vez más personal que tiene de interpretar la canción de Lisboa.

El concierto comenzó con la exhibición de un video «Mariza en el palco del mundo» en el que se pudo ver a la fadista actuando en palcos de varios países. El tema «Promete, jura» fue el elegido para abrir un espectáculo en el que estuvo acompañada por José Manuel Neto en la guitarra portuguesa y Diogo Clemente en la guitarra acústica, José Marino de Freitas en la guitarra y Vicky Marques en las percusiones.

Mariza agradeció públicamente las muestras de cariño recibidas durante un año ausente de los escenarios. Pasó revista a los diferentes éxitos de carrera como «Ó gente da minha terra», «Primavera», «Fado curvo», «Cavaleiro Monge» o «Chuva» y acompañó el tema «Barco Negro», popularizado por Amalia Rodrigues, por sonoridades brasileñas.

«Estoy llena de emociones para dar», explicó la artista horas antes de subirse al escenario reconociendo tener infinitas «saudades» del contacto con el público. Fue una noche para compartir con él las emociones que el fado despierta en la artista y su particular interpretación de este género musical. El próximo día 20 Mariza repetirá este concierto en el Coliseo de Oporto. Mariza lanzó su primer disco, Fado em Mim, en el 2001, primero en Portugal y posteriormente en 32 países. Está considerado un tributo a Amalia Rodrigues por ser muchas de sus músicas de su repertorio. Fado Curvo (2003), Transparente (2005), Terra (2008) y Fado Tradicional (2010) completan su discografía.

Mariza conquista Coliseu

de Ana Maria Ribeiro
Correio da Manhã, 15 de Abril de 2012

Uma noite de emoções. Eis o que Mariza prometera antes do regresso aos palcos e que concretizou ontem, num Coliseu de Lisboa cheio, caloroso e desejoso de demonstrar afecto à mais celebrada fadista do momento.

Agora que foi mãe - e que descobriu dentro de si uma nova mulher, capaz de dar outros sentidos às palavras do Fado - Mariza mostrou-se segura em palco, profissional e ousada na forma cada vez mais pessoal de, ao fim de dez anos de carreira, interpretar a canção de Lisboa.

O espectáculo arrancou tarde. Cinco minutos antes da 22h00 houve o início de uma pateada, a exigir a presença da fadista. Assobios e palmas sincronizadas serviram para apressar um concerto marcado para as 21h30 mas que só arrancou meia hora depois.

A noite começou com a exibição do curto vídeo ‘Mariza no Palco do Mundo', em que se vê a artista em palcos de vários países. Depois, num golpe de teatro bem executado, surgiu a cantar no meio da plateia. Já no palco, interpretou ‘Promete, Jura' a abrir, e só dois fados mais tarde se dirigiria ao público para agradecer as demonstrações de carinho recebidas durante o ano em que esteve ausente dos palcos.

Mariza usou um vestido que realçou a sua elegância, e em termos musicais deu roupagem pouco habitual a temas conhecidos. Assim foi em ‘Barco Negro', popularizado por Amália Rodrigues, que o Coliseu ouviu acompanhado por sonoridades brasileiras. O público lisboeta gostou de tudo. Na sexta-feira, será a vez do Coliseu do Porto.