Mariza em selos dedicados ao Fado

de J. Pires dos Santos
Correio da Manhã, 22 de Setembro de 2012

Um ano após o Fado ser considerado Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela Unesco, os Correios de Portugal emitem a segunda emissão filatélica dedicada a esta temática.




















A fadista Mariza, uma das embaixadoras e impulsionadora do Fado junto da Unesco, aparece reproduzida no selo de 1,00 euro da série de seis selos que será lançada no próximo dia 11 Outubro.

Esta segunda série dedicada ao Fado presta homenagem a alguns dos grandes intérpretes da canção identificadora de Lisboa e da história cultural do país, como Camané, Rodrigo, Maria da Fé, Argentina Santos e Vicente da Câmara.

O selo de 0,32 euro reproduz Vicente da Câmara enquanto que a fadista Argentina Santos ilustra o selo de 0,47 euro. Por sua vez o selo 0,57 euro reproduz a fadista Maria da Fé e o selo de 0,68 euro Rodrigo. Já o fadista Camané aparece no selo de 0,80 euro e por último a Mariza no selo de 1,00 euro. Os seis selos além da fotografia do cantor reproduzem a sua assinatura. A emissão completa-se com um selo de 1,00 euro com outro selo anexo sem taxa, conjunto desenhado a lapis por Emmerico Nunes que reproduz o logo ‘Património da Humanidade – Fado – Heritage of Humanity’ e um guitarrista que acompanha o Fado, bem como o carimbo de primeiro dia de emissão.

Os Correios de Portugal têm prevista para breve a edição de um livro com o título ‘O Fado’, da autoria de Ruy Vieira Nery, que conta a história do Fado, desde o tempo que era visto como a ‘canção de Lisboa’ até ser reconhecido pela Unesco como Património Cultural Imaterial da Humanidade. As duas emissão filatélicas dedicadas ao Fado, com um total de 13 selos e um bloco, fazem parte integrante do novo livro.

Mariza e Milton colocam publico do Municipal para cantar

texto de José Rafael Berrêdo

fotografías de Alexandre Durão
www.g1.globo.com, 13 de Setembro de 2012















Fado e MPB se misturam na abertura do 'Ano de Portugal no Brasil' no Rio. Portuguesa dá show de simpatia, presença de palco e bom humor.


O público inicialmente parecia chegar para um concerto, na noite desta quarta-feira (12) no Theatro Municipal do Rio, no Centro da cidade. Trajes alinhados, carrões na porta, pedidos de silêncio ao menor sinal de ruído e os discursos que oficializaram a abertura do "Ano de Portugal no Brasil" davam um tom formal ao começo da cerimônia, por volta de 20h30. Foi só a fadista portuguesa Mariza entrar em cena, no entanto, para o protocolo pouco a pouco ser quebrado. Com bom humor, simpatia, presença de palco e, principalmente, um vozeirão impecável, ela fez a plateia rir, cantar e entrar no clima para receber Milton Nascimento, que manteve o ritmo interativo e emocionante do espetáculo.

"Uma felicidade poder partilhar o palco com a figura maior da música brasileira", elogiou Mariza, antes de dividir a última canção, "Maria, Maria", com Milton, e ir emborade braços dados com o mineiro.

Os dois já haviam cantado juntos "Caçador de mim", após uma hora de show emocionante só da portuguesa, com fados como "Ó gente da minha terra” e “Barco negro”.

A artista, que já se apresentou ao lado de Sting e Lenny Kravitz, fez questão de mostrar para os presentes que o mais famoso ritmo português tem seu lado alegre. Na canção "Rosa branca", promoveu uma espécie de show de auditório. Primeiro, pediu que todos a acompanhassem na letra, mas os sussurros tímidos e sem confiança não a convenceram. Decidiu, então, dividir a plateia por andares e separar um verso para repetirem. Ela iniciava com "Quem tem, quem tem amor a seu jeito" e guiava o coro, que completava: "Colha a rosa branca, ponha a rosa ao peito". Foi a deixa para se soltarem e a fadista seguir no comando da noite até o fim.

Mariza se mostrou conhecedora da música brasileira, em especial de duas cantoras, a quem disse "amar de paixão". Primeiro, soltou a voz na introdução de "Conto de areia" ("É água no mar, é maré cheia ô, mareia ô, mareia"), de Clara Nunes. Em seguida, emendou "Fascinação", de Elis Regina. "Queria eu cantar como ela", comentou. Aplausos de pé.



                        Ao iniciar "Caçador de mim", a portuguesa deu a deixa para Milton entrar no palco para um belo dueto e seguir solo, com um sucesso atrás do outro. Em pouco mais de uma hora, ele cantou 12 músicas, incluindo as duas com Mariza. “Ponta de areia”, “Faca amolada”, "Nos bailes da vida" e “Travessia” (na qual fez vibrar a plateia com a potência da voz) , entre outras, foram entremeadas com alguns causos do quase setentão - completa 70 anos no dia 26 de outubro.

O músico, que também faz 50 anos de carreira em 2012, recebeu nesta segunda (10) o título Doutor Honoris Causa em Belo Horizonte. Em meio a tantas datas e congratulações, ele não fez cerimônia para pedir um presente presente da plateia: um coro em "Canção da América". Prontamente atendido, ficou sentado, em silêncio, só assistindo. Mais do que merecido.

Milton também seguiu o roteiro do evento e lembrou de artistas portugueses que marcaram sua história, como a fadista Amália Rodrigues (1929-1999). "Mesmo com seis anos de idade ela já me emocionava", contou, antes de elogiar o investimento no intercâmbio cultural entre as duas nações. "Fico feliz de poder fazer parte desse momento histórico."

                          PROGRAMAÇÃO ATÉ 2013

A direção musical do espetáculo foi assinada por Zé Ricardo e a festa teve a presença de autoridades dos dois países, além de personalidades convidadas. O ator português Ricardo Pereira, galã de novelas da Globo, foi o apresentador.

O “Ano de Portugal no Brasil” se divide por diversas cidades e busca promover a imagem do país europeu por aqui. Foi aberto oficialmente justamente no feriado da Independência brasileira dos portugueses, 7 de setembro, em Brasília, com show da mesma Mariza com Roberta Sá e Orquestra Sinfônica.

A programação inclui eventos como exposições, festival de cinema, espetáculos de dança, concertos, intervenções, encontros literários e oficina de teatro. A agenda se estende até 10 de junho de 2013, Dia Nacional de Portugal e data do lançamento do “Ano do Brasil em Portugal”.

Mariza cantou e surpreendeu Brasília

Revista Luz, 12 de Setembro de 2012














A cantora portuguesa Mariza cantou, encantou, surpreendeu e emocionou as muitas centenas de pessoas que assistiram sexta-feira à noite ao espetáculo de abertura do Ano de Portugal no Brasil, na Praça das Fontes, na capital federal.


A só e em duo com a brasileira Roberta Sá, Mariza interpretou clássicos e temas novos do fado. Num gesto que desencadeou sentimentos de empatia, Mariza desceu do palco para cumprimentar público anónimo e, em vários casos, emocionado.

Da plateia de convidados em que estavam, entre outros, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, o embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Ribeiro Telles, e a ministra da Cultura do Brasil, Ana de Hollanda, ou das muitas centenas de brasilienses que se deslocaram à Praça das Fontes, junto à torre de Tv, para assistirem ao show, patrocinado pelo grupo EDP, Mariza recebeu fortes e emocionados aplausos, que partilhou com Roberta Sá e com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, que abriu o evento.

A apresentação - com lançamento de dois selos alusivos ao Ano Portugal-Brasil, pelos correios de Portugal e do Brasil, tendo por tema A Força da Língua Portuguesa, com imagens em aquarela de Fernando Pessoa e de Cruz e Sousa, acompanhadas por versos dos poemas Mar Português e Ser Pássaro respectivamente - marcou o início de um variado conjunto de eventos culturais e outros de caráter econômico e científico, que decorrerão no Brasil até 10 de Junho de 2013, Dia de Portugal, enquanto o Brasil levará a Portugal espetáculos, exposições e debates.

A riqueza do Fado em Belo Horizonte

www.divirta-se.uai.com.br, 9 de Setembro de 2012


É de um triângulo amoroso entre Portugal, África e Brasil, lembra a cantora portuguesa Mariza, que nasce o gênero musical que ela traz de volta ao país, nas comemorações do Ano de Portugal no Brasil. Atrações do concerto de inauguração da data, Milton Nascimento & Banda abrem a noite de hoje, no Grande Teatro do Palácio das Artes, seguidos da fadista. “Milton é um cantor único”, resume ela, que, acompanhada de quatro músicos portugueses, apresenta concerto com o qual já passou pelas principais salas do mundo, entre as quais a Ópera de Sydney, na Austrália, e o Carnegie Hall, de Nova York.

“É a oportunidade de mostrar o que já fiz”, diz Mariza, lembrando que, apesar de respeitar a tradição, o fado que faz é muito próprio. “São 11 anos de estrada”, justifica a cantora, que, entre os cinco discos lançados, tem Transparente, gravado no Brasil, sob a produção de Jacques Morelenbaum. Segundo ela, o maestro brasileiro conseguiu dar sonoridade romântica mais leve ao gênero, normalmente mais duro. Além de sucessos de Amália Rodrigues em releituras pessoais, Mariza promete canções brasileiras no programa. No fim do concerto, dividirá alguns números com Milton.

No Brasil, Elis Regina e Clara Nunes são algumas fontes de inspiração para o canto de Mariza, assim como Elza Soares, Maria Bethânia, Chico Buarque, Caetano Veloso e, naturalmente, Milton. Dona de poderoso timbre vocal, ela nunca fez aulas de canto ou música. “Chego ao palco e canto”, afirma, dizendo que o método fez com que se inspirasse também em Frank Sinatra, Nina Simone, Ella Fitzgerald, Stevie Wonder e, acreditem, no Mettallica. “Não existe música ruim”, diz, recorrendo ao mestre Dizzy Gillespie, para o qual não há música boa ou ruim. “A gente é que escolhe”, justifica.

O fado, ela lembra, não é música de massas. “É culta, centenária e tem algo incrível. Trata-se de música delicada, que fala dos sentimentos humanos. Nem todos conseguem cantar”, admite. “Para cantar fado”, acredita, “é preciso educar o sentimento.” A cada vez que sobe ao palco, ela se sente como se estivesse abrindo uma caixa. “A gente se despe da roupa e da alma”, acrescenta, atribuindo ao gênero musical português, reconhecido mais recentemente pela Unesco como patrimônio cultural da humanidade, uma espécie de delicadeza da renda.

“Trata-se da música urbana de Lisboa, tipicamente portuguesa”, explica Mariza, lembrando que a primeira influência do fado sobre a música brasileira teria ocorrido em forma de dança, via modinha e lundu. “Dizem que o choro chega perto do fado, mas acho que o samba já faz isso. Ele também fala de sentimentos”, compara. “O fado não é só tristeza. Ele é uma doce melancolia, que reúne amor, alegria, ciúme, contentamento”, conclui a fã “emblemática” da MPB, que diz já ter perdido a conta das vezes em que veio cantar no Brasil.

Ano de Portugal no Brasil começou com o pé direito

Agência Lusa

Jornal Expresso, 8 de Setembro de 2012

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, afirmou esta noite que o Ano de Portugal no Brasil começou com o "pé-direito", com o concerto de Mariza a espalhar "alegria e respeito" por Portugal entre os brasileiros.

"Começou de forma extraordinária. (...) A energia, a alma, a força que ela transmitiu como imagem de Portugal espalhou alegria e respeito por milhares de brasileiros que aqui estavam. (...) Acho que foi entrar com o pé direito", afirmou o ministro, no final do concerto de Mariza, em Brasília.

O concerto, que marcou a abertura do Ano de Portugal no Brasil e de Brasil em Portugal, contou com a presença de cinco a sete mil pessoas, segundo as estimativas dos organizadores.

Mariza pôs brasileiros a cantar fado

de Luís Manuel Cabral

Diário de Notícias, 8 de Setembro de 2012

A cantora portuguesa Mariza conquistou a cidade de Brasília esta noite com um concerto a céu aberto para mais de cinco mil pessoas, que emocionou os brasileiros e os pôs a cantar fado.

Totalmente à vontade no palco, Mariza falou com o sotaque brasileiro quando foi preciso, para garantir que se fazia entender, e convocou a plateia a cantar com ela. "O que eu vou tentar aqui hoje é fazer com que vocês cantem um fado comigo. Se precisar, eu falo com sotaque", brincou a cantora, a imitar a entonação brasileira, ganhando de imediato a simpatia do público.

Em seguida, um enorme coro acompanhou a cantora no refrão de "Rosa Branca", emocionando brasileiros e portugueses presentes no evento.

O concerto abriu oficialmente o Ano de Portugal no Brasil e de Brasil em Portugal, com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, António Patriota, e a ministra da Cultura brasileira, Ana de Hollanda.

Mariza foi convidada ao palco pela cantora brasileira Roberta Sá, responsável por abrir o espetáculo. Juntas, cantaram "Insensatez", de Tom Jobim, acompanhadas pela Orquestra Sinfónica de Brasília.

Mariza abre el año de intercambio cultural Brasil-Portugal

Agencia EFE

Periodico Qué, 7 de Septiembre de 2012

Un concierto en Brasilia de las cantantes Roberta Sá, una de las principales voces de la Música Popular Brasileña en la actualidad, y Mariza, una destacada intérprete de la renovación del fado portugués, puso inicio hoy a un año de intercambio cultural entre Brasil y Portugal.

El concierto gratuito de las dos cantantes y de la Orquesta Sinfónica del Teatro Municipal en el Eje Monumental, un enorme descampado en el centro de la capital brasileña, marcó la apertura tanto del Año de Portugal en Brasil como del Año de Brasil en Portugal".

Poco antes del concierto e igualmente en Brasilia, en un acto en el Teatro Nacional, el ministro portugués de Negocios Extranjeros, Paulo Portes, encabezó la ceremonia oficial del lanzamiento de Año de Portugal en Brasil.

El intercambio de artistas, muestras y representaciones culturales entre la antigua metrópoli y su excolonia fue abierto este 7 de septiembre, cuando se conmemora el Día de la Independencia de Brasil, y se extenderá el próximo año hasta el 10 de junio, fecha de la conmemoración nacional de Portugal.

El objetivo de los programas culturales simultáneos de promover la integración entre los dos países tuvo su primer fruto esta noche cuando, pese a ser intérpretes de ritmos musicales muy diferentes, Mariza se unió a Roberta Sá para cantar las canciones "Insensatez", del fallecido compositor brasileño Tom Jobim, y "Fado Tropical", de Chico Buarque y Ruy Guerra.

Cada uno de los países definió una programación especial para mostrar en el otro su cultura, tanto tradicional como moderna, mediante manifestaciones artísticas y culturales que incluyen teatro, cine, música, literatura, artes plásticas, danza y gastronomía.

La programación brasileña incluye varios conciertos gratuitos de conocidos músicos como Ney Matogrosso, Zeca Baleiro y Martinho da Vila, así como de grupos como el Monobloco, una de las bandas más demandadas en las fiestas de Carnaval en Brasil.

Tras el concierto de esta noche, la programación del Año de Portugal en Brasil continúa el domingo, cuando la portuguesa Mariza cantará al lado del brasileño Milton Nascimento en Belo Horizonte, y dos días después con la repetición de esa misma pareja en el Teatro Municipal de Río de Janeiro.

otros músicos portugueses con presentaciones programadas en al menos 30 ciudades en Brasil son The Gift, Real Combo Lisbonense, Antonio Zambujo, Buraka Som Sistema, la fadista Carminho y Oreja Negra.

La producción cinematográfica portuguesa será objeto de una muestra paralela en el próximo Festival de Cine de Río, en octubre próximo, con películas como "Tabu" y una retrospectiva del director Manoel de Oliveira.

En las artes plásticas destaca la retrospectiva de la obra de la portuguesa María Helena Vieira da Silva que será expuesta en el Museo de Arte Moderno (MAM) de Río de Janeiro, y en la literatura el lanzamiento en Brasil de la colección "Novíssimos", compuesta por novelas de diez jóvenes autores lusos.

Mariza cantou, encantou e surpreendeu Brasília

de Alfredo Prado

www.portugualdigital.com.br, 7 de Setembro de 2012

A cantora portuguesa Mariza cantou, encantou, surpreendeu e emocionou as muitas centenas de pessoas que assistiram sexta-feira à noite ao espetáculo de abertura do Ano de Portugal no Brasil, na Praça das Fontes, na capital federal.

A cantora portuguesa Mariza cantou, encantou, surpreendeu e emocionou as muitas centenas de pessoas que assistiram sexta-feira à noite ao espetáculo de abertura do Ano de Portugal no Brasil, na Praça das Fontes, na capital federal.

A só ou em duo com a brasileira Roberta Sá, que conquista espaço no cenário musical brasileiro cantando composições envolventes do samba, Mariza interpretou clássicos e temas novos do fado.

Cinco anos depois de se ter apresentado no Teatro Nacional, em Brasília, em evento que assinalou a presidência portuguesa da União Europeia, Mariza cantou, agora, em espaço aberto para um público exigente e ao mesmo tempo disponível para conhecer e acolher generosamente um gênero a que não está habituado.

Com um timbre inigualável e um jingado que nasce das raízes miscigenadas em Moçambique, Mariza deu vida ao palco em espaço aberto, num espetáculo organizado pelo comissão nacional para o Ano de Portugal no Brasil.

Intérprete de alguns dos mais conhecidos poetas da língua portuguesa, como Fernando Pessoa, David Mourão-Ferreira ou Chico Buarque, entre outros, Mariza colheu calorosos aplausos, mesmo quando o sotaque luso não possibilitava o entendimento imediato das palavras do seu belo e envolvente canto. Num gesto que desencadeou sentimentos de empatia, Mariza desceu do palco para cumprimentar público anónimo e, em vários casos, emocionado.

Da plateia de convidados em que estavam, entre outros, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, o embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Ribeiro Telles, e a ministra da Cultura do Brasil, Ana de Hollanda, ou das muitas centenas de brasilienses que se deslocaram à Praça das Fontes, junto à torre de Tv, para assistirem ao show, patrocinado pelo grupo EDP, Mariza recebeu fortes e emocionados aplausos, que partilhou com Roberta Sá e com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, que abriu o evento.

A apresentação - com lançamento de dois selos alusivos ao Ano Portugal-Brasil, pelos correios de Portugal e do Brasil, tendo por tema A Força da Língua Portuguesa, com imagens em aquarela de Fernando Pessoa e de Cruz e Sousa, acompanhadas por versos dos poemas Mar Português e Ser Pássaro respectivamente - marcou o início de um variado conjunto de eventos culturais e outros de caráter econômico e científico, que decorrerão no Brasil até 10 de Junho de 2013, Dia de Portugal, enquanto o Brasil levará a Portugal espetáculos, exposições e debates, visando mostrar as realizações e projetos de um país que as telenovelas raramente mostram.

Mariza e Roberta Sá cruzam fado e samba no Brasil

www.tvi24.iol.pt, 7 de Setembro de 2012



A fadista portuguesa Mariza prometeu, em Brasília, uma «mistura muito interessante» entre a música portuguesa e brasileira, no concerto de abertura do Ano de Portugal no Brasil e de Brasil em Portugal, que acontecerá hoje no final do dia, escreve a agência Lusa.

«Acho que as músicas não têm género, nem língua, são universais. E poder misturar as duas culturas vai ser muito interessante», afirmou Mariza à Lusa, após um breve ensaio com o Orquestra Sinfónica de Brasília, que acompanhará a cantora em algumas de suas interpretação.

Mariza cantará ao final da tarde de hoje, em Brasília - ao fim da noite, em Portugal -, para o público brasileiro, ao lado da cantora Roberta Sá, com quem já se apresentou em conjunto num concerto em Lisboa e noutro, em São Paulo.

«É um privilégio estar aqui e poder partilhar o palco com a Roberta Sá, agora numa apresentação ainda maior», afirmou Mariza, destacando o caráter universalista da música, independente de idioma ou estilo.

«O mais importante é que as pessoas vão ter oportunidade de ver duas cantoras que estão em mundos musicais diferentes, mas que, ao mesmo tempo, juntam as culturas e fazem da música uma só», completou.

As cantoras, que encarnam estilos tão distintos quanto marcantes - o fado e o samba - vão apresentar-se primeiro separadamente, juntando-se depois num dueto para cantar «Fado Tropical», de Chico Buarque de Hollanda, e «Insensatez», de Tom Jobim.

Mariza espera mostrar ao público brasileiro um lado mais tradicional do fado, mas também um fado «próprio», mais ligado ao futuro e à cultura contemporânea.

«As pessoas poderão ver um fado mais agarrado às tradições, porque continuamos a proteger muito as nossas tradições - uma cultura mais que centenária, que, ao mesmo tempo, está a dar passos para o futuro, atenta a tudo que a rodeia», descreve.

O Ano de Portugal no Brasil e Brasil no Portugal será aberto oficialmente nesta sexta-feira, com a presença do ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e do comissário do Ano de Portugal no Brasil, Miguel Horta e Costa.

Mariza cantou para milhões de brasileiros

de Raquel Costa
Diário de Notícias, 19 de Agosto de 2012















A fadista foi uma das convidadas do espectáculo de solidariedade 'Criança Esperança', transmitido pela rede Globo. O ator Ricardo Pereira também representou Portugal na gala.

"A fadista portuguesa Mariza traz em sua voz a maresia das terras de além-mar. Até quem não conhece Portugal vai sentir uma saudade infinita!". Foi desta forma poética que Mariza foi apresentada durante a gala de solidariedade Criança Esperança, transmitida pela Globo no sábado.

O ator Ricardo Pereira também representou o seu país no espectáculo, declamando um excerto do poema Acordar, de Álvaro de Campos (heterónimo de Fernando Pessoa), e usando um traje típico português.