Novas fotagrafias promocionais

O marizafriends tem a honra e o privilégio de apresentar a todos os amigos as novas imagens promocionais da fadista Mariza que se prepara para lançar em breve um novo álbum de estúdio intitulado FADO TRADICIONAL. Esperemos que gostem!


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Mariza ao vivo nos Coliseus

de Miguel Trofa Pereira
www.onoticiasdatrofa.pt, 25 de Outubro de 2010







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Os Coliseus do Porto e Lisboa vão ter a honra de receber, em Novembro, a estreia mundial do aguardado novo disco da mais conceituada voz do fado da actualidade, Mariza. Mariza apresenta o novo trabalho "Fado Tradicional" num cenário especialmente desenhado por Frank Gehry.

COLISEU DO PORTO (25 De Novembro):
Cadeira de Orquestra * 50,00€
1ª Plateia * 40,00€
2ª Plateia * 35,00€
Tribuna * 35,00€
Camarote 1ª * 40,00€
Camarote 2ª * 18,00€
Frisas * 25,00€
Balcão Popular * 28,00€
Galeria * 22,00€
Geral * 18,00€

COLISEU DE LISBOA (29 De Novembro):
Plateia (Fila 1 a D) * 50,00€
Plateia (Fila E a O) * 40,00€
Plateia (Fila P a Z) * 35,00€
Balcão Central * 35,00€
Balcão Lateral * 27,00€
Camarote 1ª (Frente) * 35,00€
Camarote 1ª (Lado) * 30,00€
Camarote 2ª (Frente) * 30,00€
Camarote 2ª (Lado) * 25,00€

Abertura de Portas * 20H30 Início do Espectáculo * 21H30

Com mais de 30 discos de platina, Mariza reúne o reconhecimento do público e crítica mundiais. Aplaudida em Portugal e no estrangeiro, recebeu para além de duas nomeações para os Grammys, importantes galardões como por exemplo o MIDEM European Boarder Breaker Award ou o prémio da BBC para Melhor Artista Europeia de World Music.

A artista tem esgotado algumas das mais prestigiadas salas dos cinco continentes, como a Ópera de Sidney, o Royal Albert Hall em Londres ou o Carnegie Hall de Nova Iorque, mas é nos Coliseus, a 25 e 29 de Novembro (Porto e Lisboa respectivamente) que Mariza revela finalmente o novo álbum "Fado Tradicional" juntando-se assim à celebração dos 120 anos deste espaço emblemático. Espectáculos únicos a não perder!

Mariza nos Coliseus em Novembro

de Lia Pereira
www.blitz.aeiou.pt, 21 de Outubro de 2010

Mariza atua nos coliseus do Porto e de Lisboa nos próximos dias 25 e 29 de Novembro, respetivamente.

Nestas datas, a fadista irá apresentar o espetáculo Mariza's Tavern, com desenho de palco do arquiteto canadiano Frank Gehry, pode a BLITZ noticiar em primeira mão.

No Porto, os bilhetes custam entre 18 euros e 50 euros; em Lisboa vão dos 27 euros aos 50 euros.

Ainda este ano, Mariza lança um novo álbum, intitulado Fado Tradicional .

Centenário da República Portuguesa

Concerto de Mariza na comemoração do Centenário da República Portuguesa
Palácio de Belém, Lisboa, Portugal
5 de Outubro de 2010
Fotografias da Presidencia da Republica
www.presidencia.pt





























































































Palácio de Belém_2

Ó GENTE DA MINHA TERRA
(Amália Rodrigues / Tiago Machado)

Mariza no concerto comemorativo do Centenário da República Portuguesa
Palácio de Belém, Lisboa, Portugal
5 de Outubro de 2010

Palácio de Belém_1



BARCO NEGRO
(David Mourão-Ferreira / Caco Velho-Piratini)

Mariza no concerto comemorativo do Centenário da República Portuguesa
Palácio de Belém, Lisboa, Portugal
5 de Outubro de 2010

A voz de Mariza entre as vozes do Mediterrâneo

texto de Alexandra Prado Coelho
fotografia de Nuno Ferreira Santos
Público, 1 de Outubro de 2010

Mariza é uma entre 12 vozes no disco Mulheres de Água, que será lançado segunda-feira em Portugal. O projecto do espanhol Javier Limón junta cantoras de todo o Mediterrâneo. E é dedicado às iranianas - que não podem cantar em público.


















Sentado num bar de Atenas, num de Beirute, num de Espanha ou numa casa de fados em Portugal, ou em qualquer outro sítio semelhante em redor do Mediterrâneo, o compositor e produtor espanhol Javier Limón tem a mesma sensação: "A cena é igual, só muda a música. Em todas estas cidades há pequenos bares em que pessoas de todos os níveis sociais se juntam, comem e tocam a sua música de raiz. Não é uma coisa para turistas, é de gregos para gregos, de espanhóis para espanhóis..."


Em Portugal, teve essa sensação quando Mariza o levou a ouvir fado. "Não tem nada a ver com um clube de jazz ou com o que se passa no Brasil. É uma coisa da cultura mediterrânica", diz Javier Limón, sentado num sofá na esplanada de um hotel de Lisboa, junto ao Tejo. Ao lado dele, Mariza concorda: "Às vezes pensamos que certas músicas são muito distantes, mas os mediterrâneos são povos que se juntam para comemorar tanto a tristeza como a alegria. Nós, os espanhóis, os gregos, os italianos, não vamos a um bar para beber sozinhos."

Foi daí que nasceu a ideia de Javier fazer um disco só com vozes de mulheres e músicas dos países que rodeiam o Mediterrâneo. A portuguesa Mariza, as espanholas Buika e Estrella Morente, e a grega Eleftheria Arvanitaki eram vozes essenciais - "sem elas o disco ficaria coxo". Às quatro cantoras juntaram-se outras como a turca Aynur Dogan, a israelita Yasmin Levy e ainda La Shica, Genara Cortés, Montse Cortés e Sandra Carrasco. Chamou ao disco - já à venda em Espanha e que será lançado na próxima segunda-feira em Portugal pela Universal - Mulheres de Água e dedicou-o às mulheres iranianas, as únicas que, à volta do Mediterrâneo, não podem fazer ouvir as suas vozes.

"Tentei ter uma cantora iraniana, mas é impossível, não se pode", explica. O regime islâmico do Irão não permite que mulheres cantem em público ou que gravem música. "É uma pena, porque as cantoras no Irão estão num nível altíssimo. São incríveis as coisas que fazem com a voz." Como é que Javier sabe isso, se elas não cantam em público? O músico sorri. "Há rádios pirata na Internet, e aí pode-se ouvi-las. Quem me ensinou isto foi Paco de Lucia."


UM FADO BELÍSSIMO

Só a três cantoras Javier Limón pediu que escolhessem elas próprias as músicas que iriam cantar. Uma foi Eleftheria, a outra Yasmin Levy, que "faz música sefardita, do tempo em que os judeus estavam em Espanha", e a terceira foi Mariza ("nunca me atreveria a compor um fado", afirma o compositor). E que fado escolheu Mariza? "Um que eu cantava em casa mas que nunca tinha tido coragem de gravar", confessa. "O Javier tinha-me pedido um outro fado, mas eu disse-lhe "acho que esse é muito simbólico para os portugueses mas há um outro que acho belíssimo"." Propôs-lhe Fadista louco, um fado sobre uma mulher que canta com o coração e que diz assim: "Talvez um dia, depois de ele parar pouco a pouco/Talvez alguém se lembre ainda de nós/E sinta na minha voz o que sentiu esse louco." Só depois viu como esta letra fazia todo o sentido num projecto dedicado às iranianas silenciadas.

O pretexto que nos levou àquela esplanada junto ao Tejo é o disco que Javier Limón produziu, compôs e para o qual fez os arranjos de grande parte dos temas. Estamos aqui para falar do que une as músicas mediterrânicas e não apenas de fado, lembra Mariza. Mas a conversa centra-se inevitavelmente no fado. Até porque - é Javier quem o diz - "o fado é muito superior a todas estas músicas, no sentimento, na profundidade que se coloca no momento de dizer as palavras. São os textos que dão mais valor ao fado". E há Mariza, de quem Javier foi também produtor do último disco, Terra. "Em nenhuma das outras músicas, incluindo o flamenco, existe uma artista como a Mariza", garante o músico espanhol. "Ela faz com que pessoas em todo o mundo, que não vivem em Alfama, consigam perceber o fado."

Mas é a própria Mariza que defende que ainda há um caminho a percorrer. "Parece-me que - embora respeitando as bases e as tradições - cada vez mais para chegar a grandes mercados internacionais e poder cantar neles temos que olhar para estas músicas [o fado, o flamenco, etc.] como músicas, sem tabus." E isso significa exactamente o quê? Estamos a falar de fusão? Não, de maneira nenhuma, responde. O que quer dizer é que "é preciso deixar de olhar o fado como uma música só nossa, que só pode viver em Portugal, e que se quisermos fazer concertos em grandes mercados temos que a tratar como música".

Trabalhar com Javier abre-lhe esse espaço. Quando gravaram Terra, o compositor disse-lhe que iam para Madrid mas tinham que ir de carro. Porquê?, perguntou Mariza. É que Javier queria levar uma série de percussões que tinha comprado em Portugal, e assim foram, com o carro cheio de bombos. "Ele interessou-se pelas percussões portuguesas e olha para elas pensando "vou fazer música", e não pensando que as percussões portuguesas só permitem fazer música tradicional portuguesa."


REVOLUCIONÁRIOS

É preciso não ficarmos presos a demasiadas regras - no fundo é isto que Javier está também a tentar dizer. "Amália, Paco de Lucia, Camarón, eram revolucionários, saltavam mil regras. Não podemos deixar que o património de pessoas que foram vanguardistas e revolucionárias se converta agora em regras, porque para elas o que estavam a criar não eram regras. Gardel pegou no tango e passou-o de guitarra a orquestra sinfónica e hoje é o referente clássico do tango. O que é importante é conhecer muito bem as raízes para poder construir sobre elas."

A partir daí nada poderá deter o fado, acredita Javier. No Berklee College of Music já lhe perguntaram quem deviam contactar, porque querem abrir uma cátedra de fado. "O momento está a chegar", diz, entusiasmado. "A qualquer momento pode acontecer um Buena Vista Social Club do fado", declara, referindo-se ao fenómeno de explosão mundial da música cubana com o renascimento, nos anos 90, da música tocada num clube famoso da Havana dos anos 40. "A qualquer momento - repete -, e então Carlos do Carmo vai passar de ser um herói nacional para ser uma estrela mundial, e toda a gente vai querer cantar o fado."